COLIDE-GB DIZ QUE ELEIÇÕES NO SUPREMO TRIBUNAL SÃ0 “ILEGAIS” E “VICIADAS”
O Partido da Convergência Nacional para a Liberdade e
o Desenvolvimento (COLIDE-GB) afirma que as eleições do Presidente e do
Vice-Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Arafam Mané e João
Mendes, respetivamente, são “absolutamente ilegais e viciadas”.
“Essas eleições são, absolutamente, ilegais e viciadas. Desde a forma como está composto o Supremo Tribunal de Justiça e o Conselho Superior da Magistratura Judicial, até à atribuição da legitimidade eleitoral ativa (eleitores) e passiva (candidatos)” lê-se numa publicação do partido liderado pelo antigo Procurador-geral da República, Juliano Augusto Fernandes, no Facebook, esclarecendo que está a falar de umas eleições que têm todos os ingredientes para não passarem de “uma autêntica farsa”.
Mesmo assim, o partido diz que acredita na justiça guineense e nos seus
magistrados e oficiais de justiça, sublinhando que a “nuvem negra” que paira
sobre a justiça e o país, no seu todo, pode, “apesar do espetro negativo e da
desconfiança generalizada na justiça e nos seus agentes”, representar uma
última e excelente oportunidade para que façam prova de que estão conscientes
da “agenda perigosa e sinistra” para o país e o futuro coletivo dos guineenses.
“O COLIDE-GB sabe, de pé juntos, que no setor da justiça, no seu geral, há
operadores muito competentes, honestos e com perfeita noção e consciência do
papel da justiça, numa sociedade democrática, mas,igualmente, dos riscos e das
consequências graves que o país e o nosso povo estarão sujeitos, se as
eleições, nestas condições, forem realizadas, sob coação moral, compra de
consciência e manipulação política. Tenham, por favor, em conta que falsas
promessas de lugares e ascenção aos patamares dos lugares de topo na
carreira que seguem, que em circunstâncias similares a estas tendem a surgir,
não passarão de miragens. E o arrependimento engole-se, invariavelmente, a
contragosto” insistiu o partido do jurista e ex- docente da Faculdade de
Direito de Bissau, implorando aos magistrados judiciais que tenham a “sensatez
e a coragem” de agarrarem essa oportunidade para salvarem a justiça das garras
ultrajantes e demolidoras da esperança e da credibilidade de uma justiça que
preze.
“Se a justiça e a defesa e segurança falharem, estamos fritos!” avisou, lembrando que o Poder Judicial é o único pilar e alicerce do Estado que não pode, nem deve sofrer abalo, nem ser destruído.
Por fim o partido alertou que, se o poder judicial for fragilizado através da
sua “instrumentalização, manipulação e desarticulação política”, não só o
Estado e a sociedade guineense perdem o seu último reduto em que se apoiam para
que a Guiné-Bissau preserve a sua existência como um Estado e uma nação livre,
soberana e democrática, como também o povo guineense será transformado em
cinzas e desaparecerá, perdendo a sua identidade.
Notabanca; 17.05.2025


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