CIMEIRA DA CEDEAO PROCURA-SE NOVAS TÉCNICAS DE MOBILIZAÇÃO DE DINHEIRO PARA O COMBATE A TERRORISMO
O Presidente da República da Guiné-Bissau e presidente em exercício da Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló, defendeu que é urgente que a organização sub-regional encare outras formas de mobilização de meios financeiros a nível de cada Estado membro e junto dos parceiros estratégicos para operacionalizar o Plano de Ação de luta contra o terrorismo (2020-2024) e criar as condições necessárias à operacionalização da Força de Intervenção da organização no combate ao terrorismo e às mudanças anti constitucionais na região.Embaló fez esta chamada de atenção este domingo, 9 de julho, durante o seu discurso na abertura da 63ª sessão ordinária da Conferência da CEDEAO que contou com as presenças de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, do presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, do presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray, e do representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, Leonardo Santos Simão.
O encontro de Bissau deve analisar vários relatórios, com destaque ao relatório Provisório da CEDEAO do ano de 2023, sobre o estado da Comunidade e o relatório da 50ª Reunião Ordinária do Conselho de Mediação e Segurança, relatório sobre o Programa de Moeda Única da CEDEAO, relatório do presidente do Grupo de Trabalho Presidencial sobre os obstáculos à Livre Circulação de Mercadorias no corredor Abidjan-Lagos. Será também feita a eleição do Presidente da Conferência dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO e a marcação da data e local da 64ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO
O Presidente da República Sissoco Embaló lembrou, no seu discurso, que os golpes de Estado no Mali, na República da Guiné e no Burkina Faso, representam “uma regressão dos valores do Estado de direito democrático adotados pelos Estados Membros”.
“Por isso, o retorno à normalidade constitucional nestes três países irmãos é uma necessidade imperativa, para a estabilidade política e a promoção do Estado de direito democrático e do bem-estar dos povos da nossa Comunidade sub-regional”, concluiu.
“Há 12 meses que assumi a presidência da Autoridade dos Chefes de Estado da CEDEAO… Foi uma responsabilidade que encaramos com serenidade, determinação e vontade de querer fazer. Por isso, apesar das dificuldades, temos que nos orgulhar do trabalho desenvolvido ao longo deste intenso período”, reforçou.
Embaló reconheceu ter enfrentado desafios imprevisíveis, mas que a sua liderança tem concentrado a sua energia a nível regional e internacional para defender os interesses dos Estados membros, através de diversas iniciativas e esforços diplomáticos levados a cabo com a “valiosa contribuição” dos Mediadores e Enviados Especiais junto de instituições e parceiros estratégicos, de modo a reforçar a Arquitetura da Paz e da Segurança Humana da nossa Sub-região.
“Gostaria, por outro lado, de expressar sinceras palavras de agradecimento à Comissão e às outras Instituições da CEDEAO, aos digníssimos mediadores nas diferentes crises políticas, pela forma como têm acompanhado os processos de transição política, organização e seguimento dos processos eleitorais regulares, garantindo a implementação dos dispositivos e mecanismos legais que regem o regular funcionamento das instituições democráticas no seio da CEDEAO”..
Notabanca; 09.07.202
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