ADVOGADOS NÃO VÃO ACATAR ORDEM DE ABANDONO À SEDE
A
Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau posicionou-se contra e afirma que
não vai acatar a ordem de abandono do seu edifício, dada pela
Presidência da República, anunciou este sábado (06.02), o Bastonário,
Basílio Sanca.
A
organização que reúne advogados esteve reunida em Assembleia Geral,
para analisar a Carta da Presidência da República, que deu o prazo até
domingo (07.02), para a Ordem dos Advogados abandonar o edifício que
ocupa, ao lado da Presidência, por alegadas razões de segurança do Chefe
de Estado, Umaro Sissoco Embaló.
“A
Assembleia (Geral) opinou unanimemente no sentido de não reconhecer a
atuação da Presidência da República e consequentemente manter na posse
do edifício, até a observância da lei, porque a Ordem (dos Advogados)
defende o estado de direito e as condutas do estado de direito têm que
ser respeitadas perante questão como esta”, afirmou o Bastonário da
Ordem dos Advogados, Brasília Sanca, em declarações aos jornalistas, no
final da reunião.
O causídico clarificou ainda a decisão da Assembleia Geral da Ordem:
“A
decisão da Assembleia é no sentido de continuar a defender o edifício,
porque é propriedade da Ordem (dos Advogados), até a um procedimento
legal compatível com a atuação no contexto do Estado de Direito, uma
atuação que respeite a dignidade da instituição e dos seus membros”,
disse.
De acordo com Capital News, aO rdem dos Advogados pede assunção das responsabilidades por parte da Presidência da República:
“Há
procedimento que se impõe e é o Estado de Direito que impõe e,
portanto, nós estamos a aguardar que a Presidência da República assuma
as suas responsabilidades num contexto de Estado de Direito no contexto
de Estado de Direito, e nós, em última instância, seremos obrigados a
recorrer a um processo judicial”, finalizou.
O
edifício onde funciona a Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau foi uma
doação do estado guineense, à organização, em 2011, passando a partir
desse período à propriedade da organização que agrupa advogados do país.
Notabanca; 06.02.2021
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