“INSTALAÇÕES DA MARINHA NÃO DIGNIFICAM FUZILEIROS E NEM SERVEM PARA UM PEQUENO AQUARTELAMENTO”
O Chefe de Estado Maior da Armada guineense, disse hoje que a sua Instituição precisa de formar jovens quadros para fazer face aos desafios da atualidade em matéria de protecção e vigilância das águas marítimas da Guiné-Bissau.
Carlos Mandugal falava na abertura da cerimónia comemorativa do 55º aniversário da criação da Marinha Nacional, que se assinala nos dias 21 e 22 de dezembro.
O responsável de Marinha disse que o Governo já fez visitas e levantamentos das necessidades da Marinha, para modernizar a instalação, pelo que vai necessitar de quadros bem preparados para manejar equipamentos e garantir a defesa da integridade territorial marítima a nível nacional.
Segundo o Chefe de Estado-maior da Armada (CEMA), o território marítimo ocupa maior percentagem da superfície total da Guiné-Bissau, por isso, segundo disse, Amílcar Cabral sempre deu atenção especial a esse ramo das Forças Armadas, efectuando a sua criação em Conacri para proteger a vasta área marítima guineense, com recursos haliêuticos abundantes.
Mandugal lamentou que as instalações da Marinha não dignificam os fuzileiros navais, acrescentando que nas actuais condições nem servem para um pequeno aquartelamento do interior do país, tendo em conta a inexistência de meios para uma fiscalização plena das águas nacionais.
"Espero que um dia a Marinha Nacional seja igual às outras da África e da subregião. Vai zelar plenamente em defesa da integridade territorial de forma condigna”, diz Carlos Mandungal
No ato, o veterano de guerra e co-fundador da Marinha Nacional, Raul Plácido Domingos Gomes, Médico militar, partilhou com os presentes o momento e as experiências vividas na criação da Marinha ao lado do Amílcar Cabral, tendo aconselhado aos jovens fuzileiros a serem corajosos e determinados no cumprimento das suas missões para dignificar o ramo.
"Não estou arrependido de ter participado na luta da libertação nacional e de participar no momento histórico da criação da Marinha nacional, de ter a nossa bandeira e Hino”, afirmou Plácido Gomes.
Por outro lado, este veterano fuzileiro lamentou a atual situação difícil em que se encontram os fuzileiros, mas encoraja-os a seguirem os ideais que nortearam a criação da Marinha, e defenderem a integridade territorial do pais.
A Marinha deu iniciou hoje a celebração de 55 anos da sua criação, em Conacri, à 22 de Dezembro de 1965, com djumbais e partilha de experiencias entre os veteranos e jovens fuzileiros.
As celebrações vão culminar terça-feira com um acto oficial de encerramento.
Vamos agir pela positiva. Porque estes homens merecem muito de bom.
Bom avisersário!
Notabanca; 22.12.2020
Sem comentários:
Enviar um comentário