CONAIGUIB EXIGE INÍCIO DAS AULAS NA UNIVERSIDADE AMÍLCAR CABRAL E LICEU ATADAMUM EM BISSAU
O Presidente da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (Conaiguib),afirmou hoje estranhar o porque do não início do ano lectivo 2020\21 nas duas instituições educativas do país, nomeadamente a Universidade Amílcar Cabral e o Liceu Atadamum, já la vão dois meses deste o início das aulas.Bacar Darame que falava numa conferência de imprensa sobre a situação vigente nestas duas escolas, disse que na Universidade Amílcar Cabral (UAC), até hoje, os resultados do segundo período do ano lectivo 2019\20 não foram publicados, para permitir o começo de um novo ano escolar.
Acrescenta à propósito que não se sabe para quando a resolução deste problem .
“Apesar de muitas diligências da Associação Académica da instituição e a Secretaria de Estado da Investigação Científica, e da própria Reitoria da UAC ,até a data presente não há uma resposta concreta sobre para quando o início das aulas “,explicou.
Darame pede ao ministro da Educação, enquanto tutela do sector para não ficar em silêncio em relação a essa situação.
Falando do Centro Escolar Atadamum igualmente parado há dois meses, o Presidente da Conaiguib lamentou que, por causa de um deferendo entre a direcção da escola e os docentes, os alunos estão a ser penalizados.
Acrescenta que o ministro da Educação já produziu um despacho que destitui todo o corpo directivo daquela instituição.
Segundo Darame essa medida do ministro da Educação não foi entretanto respeitada, apesar de haver um entendimento que permitiu com que os alunos concluissem o ano lestivo 2019/2020.
“O problema é que até hoje não há uma lista nominal dos alunos que dá sinal de que um novo ano lectivo vai iniciar neste ou naquele dia e já estamos no mês de Dezembro, em que praticamente só se estuda três semanas no máximo devido as festas do Natal e do Ano Novo”, disse.
Aquele responsável afirmou que, o mais agravante de tudo isto é que a direcção está a tentar sancionar os dirigentes da associação dos alunos por estes terem estado a reclamar os seus direitos.
Bacar Darame avisou que, se a situação destas duas instituições educativas não for resolvida vão fazer uma vigília em conjunto com as Associações das duas entidades e não só, a frente do Ministério da Educação numa data a indicar .
Afirmou que a razão do não inicio das aulas nestas instituições tem a ver, por exemplo na UAC com o não pagamento de 8 meses de salário aos professores, que recusam entregar as fichas de avaliações.
“É inconcebível que num Estado como da Guiné-Bissau onde uma entidade privada consegue segurar o funcionamento das Universidades Privadas e o Estado não o consegue fazer numa unica Universidade pública. É lamentável”, disse .
Segundo Darame, no Centro Escolar Atadamum a situação tem a ver com a gestão participativa ou seja os subsídios e outras regalias dadas aos professores, bloqueada pela direcção da escola e por não terem acesso a isso levou ao bloqueio das aulas”.
Notabanca; 01.12.2020
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