OITO MIGRANTES ETÍOPES MORTOS E 12 DESAPARECIDOS
Pelo menos oito migrantes etíopes morreram e outros 12 estão desaparecidos depois de traficantes os terem atirado de um barco ao largo da costa de Djibuti, disse este domingo uma porta-voz da agência das Nações Unidas para as Migrações (OIM)."Segundo testemunhas sobreviventes, que foram resgatadas pela Organização Internacional das Migrações (OIM), três traficantes empurraram violentamente jovens homens e mulheres para fora do barco que estava em mar aberto", disse Yvonne Ndege.
Outros 14 migrantes sobreviveram e estão a receber cuidados médicos, afirmou a organização.
A OIM estima que todos os migrantes são etíopes e estavam a fazer a passagem do Iémen para o Djibuti, o caminho inverso da rota habitual destes migrantes que procuram trabalho nas nações mais ricas do Golfo, sobretudo na Arábia Saudita.
A pandemia da covid-19 e o conflito no Iémen tornaram a viagem mais perigosa e alguns migrantes têm estado a voltar.
A OIM acredita que este barco de migrantes não tenha conseguido chegar à Arábia Saudita.
"Sabe-se que os traficantes exploram os migrantes nesta rota desta forma, muitos tendo de pagar grandes somas para facilitar a viagem" recordou.
Oito cadáveres foram levados para a costa e enterrados pelas autoridades em Djibuti.
De acordo com a agência das Nações Unidas para as Migrações, só nas últimas três semanas chegaram ao Djibuti cerca de 2.000 migrantes provenientes do Iémen.
No entanto, alguns migrantes ainda estão a fazer a viagem para o Golfo, afirmou a organização das Nações Unidas.
Esta tragédia é uma chamada de atenção", disse Yvonne Ndege, avisando que outras tragédias poderão ocorrer, uma vez que centenas de migrantes deixam o Iémen todos os dias para se arriscarem na precária viagem de barco através do estreito de Bab al-Mandeb.
Notabanca; 05.10.2020
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