O Porta-voz da Comissão negocial da greve, Malam Homi Indjai, informou que desde a primeira vaga de greves em Agosto, não houve um diálogo entre a direção superior do ministério das finanças e os sindicatos, porque o ministro das finanças “rejeita dialogar com os sindicatos”.
“Desde a primeira vaga de greves, as receitas públicas não estão a ser canalizadas para o sistema de tesouro. Não há contabilidade de receitas no sistema, não há atualização no sistema de salários, não há atendimento nos ministérios de finanças por causa de greve”, disse.
Malam Indjai disse que o ministro das finanças não tem capacidade de dialogar e de encontrar soluções para o funcionamento do ministério, questionando “queremos saber em que lei o ministro das finanças se baseou para bloquear os salários dos funcionários”.
Ainda Malam Indjai frisou que o ministro disse que vai rescindir o contrato com os 12 diretores de diferentes departamentos do ministério das finanças que decidiram aderir a greve, e consequentemente a instaurar processos disciplinares, informando que o Ministro Aladje Fadia decidiu também suspender os estagiários.
Sublinhou que o ministro das finanças está a efetuar despedimentos sem justa causa e também esta a assinar contratos com pessoal reformado do BECEAO e com o pessoal da nova gráfica para o serviço de tesouros em substituição dos funcionários que estão a ser despedidos.
“Estes funcionários não sabem trabalhar no sistema. Por isso, na semana passada todos os passes dos funcionários estavam bloqueados porque houve um erro na transmissão dos fundos”, sublinhou.
O Presidente dos Sindicatos Ministério das Finanças, Valentim Sá da Silva, advertiu que o ministro não deve suspender os estagiários e colocar os reformados de BECEAO e manifestou a disponibilidade dos sindicatos para dialogar e reconciliar com a direção das finanças para pôr fim a estas greves.
Notabanca; 10.10.2020
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