SOBREVIVENTE DE “KOMO” PEDE INTERVENÇÃO DO GOVERNO
O combatente da Liberdade da Pátria, Abubacar Camará pede ao governo central para intervir na resolução dos problemas dos 70 antigos combatentes existentes na ilha de Komo dos quais somente 10 recebem pensões, mas com muita dificuldade.Camará falava em entrevista concedida aos repórteres da ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN no âmbito das celebrações dos 47 anos da independência, que se assinala no próximo dia 24 de Setembro.
Abubacar Camará diz estar triste com a atual situação de vida que os verdadeiroscombatentes enfrentam , desde a falta de reconhecimento, não pagamentos das pensões , falta de infraestruturas e isolamento da ilha de Komo que foi um dos lugares mais histórico da luta de libertação.
Precisou que a batalha de Komo iniciou a 04 de Fevereiro de 1964 e teve uma duração de 72 dias e noites.
“Os portugueses quando atacaram a barraca dos guerrilheiros do PAIGC em Komo, havia somente sete pessoas e os restantes eram população residente que tinha como meios de defesa, catanas e algumas armas de fogo para se defenderam dos agressores,” lembrou.
Aquele antigo combatente afirmou que a batalha de Komo foi a mais intensa e violenta durante a luta de libertação e que durou 72 dias e noites de troteiro intenso.
Os homens mais destacados naquela grande batalha, segundo Camará foram Quedelé Na Ritch que desempenhava o papel de informante perante guerrelheiros, Pansau Na Isna, Abdú Mané, Buota Nambatcha, Augusto Gomes Tavares vulgo (Augusto Duanhe) e outros tendomorrido nesa históriac batalha 38 homens do PAIGC.
Aquele sobrevivente da grande batalha de Komo explicou que, quando foi recrutado para ingressar na luta de libertação, na altura havia um barco que fazia trânsito de Catabane para ilha de Komo, frisando que os colonialistas portugueses chegaram e assaltaram o aquartelamento da ilha e assassinaram o comandante Ndinh na Barna.
Por sua vez, o grande colaborador clandestino dos guerrilheiros da luta N`sumba Na Quidum lembrou que levava alimentos e transportava armas de fogo de Candjafra, na Guiné Conocri, para os combatentes do PAIGC durante a batalha de Komo.
Revelou que fizeram uma reunião secreta na casa do senhor Bacar Biai, para mobilização dos jovens e das populações da zona sul para ingressarem na luta armada.
Disse também que está triste porque os que libertaram a Guiné-Bissau foram esquecidos, apesar de estar ele a receber todos os meses a sua pensão como antigo combatente.
Lamenta no entanto as dificuldades que enfrenta para se deslocar à Bissau para receber a sua pensão.
Os repórteres dos
três órgãos públicos de comunicação social constataram durante a viagem para
aquela zona sul do país a falta de transportes mistos para os populares residentes devido as más condições das estradas que ligam a
capital Bissau à cidade de Buba.
Notabanca; 21.09.2020
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