SINDICATO EXIGE DESBLOQUEAMENTO DE SALÁRIOS DE MAIS 700 FUNCIONÁRIOS DE FINANÇAS
Os trabalhadores do Ministério das Finanças exige ao Ministro das Finanças, João Alage Mamadu Fadia o “desbloqueamento imediato” de salários de mais de 700 funcionários que estiveram em greve em Agosto.Na sequência dessa exigência, os dois sindicatos (do ministério das Finanças e o do da Direção-geral do Tesouro e Contabilidade Pública) que representam os funcionários daquela instituição alertaram que se o ministro não desbloquear os salários dos funcionários, a greve nunca será suspensa.
A exigência dos sindicatos foi tornada pública em conferência de imprensa , na qual o porta-voz dos dois sindicatos, Malam Home Indjai, denunciou que o ministro das Finanças instaurou processos contra funcionários e bloqueou salários de todos os trabalhadores que aderiram à greve, embora tenha esclarecido que quando os salários estavam a ser processados só tinham observado três dos trinta dias da paralisação.
Malam Home Indjai considerou ser “ilegais e infundadas” as alegações do ministro para bloquear os salários dos mais de 700 funcionários que aderiram à greve “legalmente convocada pelos seus legítimos representantes “.
Chamou, por isso, atenção à ministra da Função Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social, Maria Celina Vieira Tavares, enquanto única instituição competente para gerir os problemas dos recursos humanos, para intervir na resolução dos problemas e de atos cometidos “de forma incompetente” pelo ministro das Finanças.
O porta-voz acusou João Alage Mamadu Fadia de ter feito uma requisição civil, recorrendo a seus colegas reformados do banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) e dos bancos comerciais, apesar de terem atingido a idade de reforma (mais de 60 anos) para prestar serviço, em substituição dos funcionários que, o ministro, “imbuído de má fé”, chamou de estagiários e contratados como forma de intimidá-los porque aderiram à paralisação.
Por outro lado Malam denunciou que o ministro Fadia tem recorrido a um cidadão de Costa de Marfim para “invadir” o sistema integrado de gestão dos recursos humanos da administração pública e bloqueou os salários durante as duas vagas de greve “aderida massivamente pelos trabalhadores”.
“Este cidadão da Costa de Marfim tem firmado um contrato com o Ministério das Finanças e, em consequência, aufere um salário de cinco milhões (5.000.000) de francos CFA, uma soma superior ao salário do primeiro-ministro da Guiné-Bissau”, revelou.
O porta-voz apelou aos trabalhadores efetivos, contratados e estagiários do ministério das Finanças a encararem a luta de forma massiva para combater, com eficácia, as “ilegalidades e arbitrariedades cometidas pelo ministro das Finanças, João Alage Mamadu Fadia”
Notabanca; 09.09.2020
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