domingo, 23 de agosto de 2020

 “VITÓRIA ESTÁ MAIS PERTO DO NOSSO LADO”-Diz líder do PAIGC

O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, afirmou este sábado (22.08), em Lisboa, perante uma multidão, que a “vitória está mais perto do nosso lado”.
Num comício popula
r para repudiar o atual momento político na Guiné-Bissau, Simões Pereira definiu ainda a sua pessoa: “Não sou herói, mas sim, um simples guineense que quer dar a sua contribuição para a Guiné e que não tem medo de lutar pela verdade”, disse.
Perante milhares de guineenses residentes em Portugal e outros que se deslocaram de outros países europeus, o líder do PAIGC afirmou que “há vários heróis e heroínas” na Guiné-Bissau, exemplo da ex-ministra da justiça “Ruth Monteiro, que não deu tempo aos traficantes (de droga), o primeiro-ministro Aristides Gomes que há seis meses se encontra isolado na sede da ONU em Bissau, e muitos dos nossos compatriotas que estão a ser perseguidos”, enalteceu.



De acordo com Capital NewsSimões Pereira não deixou passar em claro os últimos acontecimentos em Bissau, que resultaram na prisão de dois destacados dirigentes do seu partido.

“Na ultima semana, o ex-secretário de estado (do tesouro-Suleimane Seidi) foi detido, alegadamente, por causa da viatura”, lembrou, para de seguida deixar um apelo: “Venho aqui para vos pedir a não disistir desta luta, porque a verdade está mais perto do nosso lado”, afiançou.

“Não é a vida de Domingos Simões Pereira que está em causa, mas sim, a vida de milhares de guineenses que deve ser salva”, afirmou o líder do PAIGC, que se encontra em Portugal há seis meses, desde que Umaro Sissoco Embaló se autoproclamou presidente da Guiné-Bissau.

Durante a sua comunicação, o candidato dado como derrotado nas presidenciais guineenses, de dezembro de 2019, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e que espera a decisão de um recurso no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), acusou as atuais autoridades guineenses de “incompetência” na resolução dos problemas dos cidadãos.

“Hoje em dia, todos devem condenar os discursos que incitam ódio, violência, tribalismo e religionalismo”, apelou.
Em relação ao contencioso eleitoral, no STJ, Domingos Simões Pereira disse que o povo “precisa de conhecer a verdade, para saber quem realmente, foi eleito”.

Simões Pereira terminou como começou: “Garanto-vos que a vitória está mais perto do nosso lado”.

Notabanca; 23.08.2020

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