PAIGC DENUNCIA “DETENÇÃO ILEGAL” E “VIOLÊNCIA SPICOLÓGICA CONTRA BACAI SANHÁ JÚNIOR
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), na oposição, denunciou o que considera ser uma detenção arbitrária de um militante e antigo governante.
Em comunicado divulgado
nesta segunda-feira, 17, o partido liderado por Domingos Simões Pereira
revelou que “o camarada Bacai Sanhá foi intercetado por agentes da
Guarda Nacional em território guineense, quando em viagem a Zinguichor
(Senegal) para dar assistência à sua esposa que se encontra em
tratamento médico naquele país vizinho”.
"Bacaizinho", como é
conhecido, é filho do antigo Presidente Malam Bacai Sanhá, membro do
Comité Central do partido e antigo deputado.
O secretariado nacional
do partido acrescenta que é “mais um entre tantos atos de violência que o
país vem assistindo à luz do dia”, contra “dirigentes do PAIGC”.
Durante o Governo
liderado por Aristides Gomes, nomeado depois das eleições legislativas
de março de 2019, Bacai Sanhá, “Bacaizinho”, era secretário de Estado
das Comunidades.
“Mais uma vez perante os
olhares incrédulos e revoltados do povo guineense, um cidadão é
capturado e levado do norte do país para as instalações da Guarda
Nacional, em Bissau, sem culpa formada”, salienta o partido, para quem o
“pretexto para a prisão abusiva e arbitrária” é que Bacai Sanhá estaria
a organizar a fuga de Aristides Gomes, refugiado nas Nações Unidas em
Bissau.
“O camarada Bacai Sanhá
foi submetido a violência psicológica, interrogatórios durante horas,
tendo sido deixado à espera de ordens superiores para saber que destino
lhe seria imposto”, acrescenta a nota do PAIGC que lamenta o “silêncio
ensurdecedor” dos parceiros da Guiné-Bissau, da sociedade civil e da
comunidade internacional”.
O PAIGC tem denunciado a prisão e ameaças a outros dirigentes, o que tem sido negado pelo Governo.
O Executivo de Nuno Gomes Nabiam ainda não reagiu ao comunicado do PAIGC.
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