UNIÃO AFRICANA SUSPENDE MALI PELO GOLPE DE ESTADO
A União Africana (UA) suspendeu na quarta-feira o Mali, na sequência do golpe de Estado militar ocorrido naquele país na última terça-feira.Segundo a Angop que cita uma nota do Ministério angolano das Relações Exteriores, a decisão saiu da reunião do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA.
A suspensão do Mali dos órgãos da União Africana deverá durar até ao restabelecimento da ordem constitucional.
A organização continental seguiu a medida anunciada pela Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Na reunião desta quarta-feira, o CPS condenou a tomada do poder pela força, exigiu o restabelecimento imediato da ordem constitucional, a libertação imediata do Presidente Ibrahim Boubacar Keita, do primeiro-ministro, Boubou Cissé, e dos oficiais presos.
No quadro da reunião, a Nigéria e o Ghana ainda defenderam que se deveria dar algum tempo aos militares antes do CPS adoptar estas medidas, posição que não teve o respaldo dos demais membros.
Na terça-feira, o Presidente eleito do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, e o seu primeiro-ministro foram detidos durante um motim liderado pelos militares e levados para uma base do exército em Kati.
Horas depois, as forças militares que tomaram o poder, auto-intituladas Comité Nacional para a Salvação do Povo, anunciaram uma “transição política civil” que conduza a eleições gerais num “prazo razoável”.
Na sequência, Ibrahim Keita informou, na madrugada de terça-feira, a sua demissão, a do Governo e a dissolução do Parlamento, numa declaração transmitida pela televisão estatal.
Entretanto, o motim militar que forçou a demissão do Presidente Ibrahim Keita e a queda do Governo foi condenado de forma generalizada pela comunidade internacional e pelos parceiros regionais do Mali.
Notabanca; 20.08.2020
E a Guiné Bissau?
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