O Ministério Público em colaboração com as autoridades sanitárias nacionais, procedeu esta quarta-feira em Bissau, a apresentação pública de 11 defuntos não identificados que se encontram na Morgue do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM) cujos familiares são desconhecidos até o momento.
“A medida tomada por Ministério Público para a divulgação da referida situação, é para fazer com que a notícia se espalhe de forma a se descobrir os familiares das vítimas, para que estes, por sua vez, dêem o enterro que os falecidos merecem”, disse o Coordenador da Vara Crime do Ministério público, Herculano Domingos Sá, em declarações à imprensa no acto.
Sá sublinhou que caso os familiares das vítimas
não comparecerem para tentar identificar os corpos, o Estado da Guiné-Bissau
tomará a responsabilidade de fazer o funeral num período de tempo a
ser anunciado.
O coordenador de Vara Crime disse que entre os corpos
que estão na Morgue do HNSM existem alguns que já levaram dois anos, pelo que
reconhecê-los pelo rosto vai ser difícil, a não ser através de vestuário ou
qualquer objecto pessoal.
Herculano Domingos Sá
apela ao Povo guineense em geral no sentido de recorreram sempre à
Polícia Judiciária nos casos de desaparecimento de seus familiares.
Por sua vez, o médico da medicina legal, Bubacar
Camará reiterou que os referidos corpos demoraram demais na Morgue, razão pela
qual se recorreu ao Ministério Público, para que uma solução seja encontrada
para o destino dos cadáveres.
“Precisamos do
espaço para conservar os cadáveres que recebemos com frequência, mas estes 11 corpos estão a dificultar o nosso
trabalho, e estamos num momento muito
crítico, da pandemia de Covid-19”, lamentou o Médico.
Disse que, pelas aparências, os 11 cadáveres são de
cidadãos guineenses.
Segundo Camará, a Morgue do hospital Simão Mendes dispõe de nove câmaras
de conservação de cadáveres já superlotadas.
Notabanca; 01.07.2020
Sem comentários:
Enviar um comentário