terça-feira, 14 de julho de 2020

CORONAVÍRUS IMPEDE PAIGC MANIFESTAR-SE NAS RUAS DE BISSAU PARA EXIGIR REPOSIÇÃO DA LEGALIDADE ELEITORAL
O responsável dos Assuntos Políticos e Estratégicos e porta voz da Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC), qualificou o actual momento político do país de “deturpação da ordem constitucional”.

Ussumane Camará que falava hoje em conferência de imprensa conjunta entre  a JAAC, a União Democrática das Mulheres Guineense (UDEMU) e Organização de Quadros do Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau (CONQUATSA); todos eles organizações de massa do PAIGC, disse que  estando num sistema democrático não  é aceitável que se observa a deturpação da ordem constitucional, por isso   exigem a reposição da ordem   constitucional, o mais rápido possível.

“Se não fosse por causa da emergência sanitária global, o PAIGC estaria a exigir de forma adequada através das leis do país aquilo que, por direito, é  lhe reservado”, disse Ussumane Camará.

Relativamente a questão dos deputados do PAIGC que votaram o programa do governo liderado por Nuno Gomes Nabiam, disse que cabe ao Conselho de Jurisdição e Fiscal do partido analisar o assunto dos deputados em causa, porque ninguém é capaz de desafiar o PAIGC mesmo o seu líder, enquanto mais um simples militante.

Camará aconselha aos militantes a andarem de cabeça levantada porque, segundo disse, está em curso “várias reformas” no PAIGC.

 “As pessoas devem também saber  que as reformas têm benefícios e consequências e que  a indisciplina é inegociável. Mesmo que esta formação política fique apenas com um militante, a indisciplina tem que ser combatida”, avisou.

A primeira vice presidente da UDEMU Binto Nanque defendeu na ocasião a devolução do poder ao partido que venceu as legislativas de 10 de Março de 2019.

Nanque exorta ao Presidente Umaro Sissoco Embaló a cumprir  a recomendação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, devolvendo o poder ao PAIGC.

Binto Nanque declarou  que a União Democrática das Mulheres da Guiné se juntou à JAAC na luta pela reconquista do poder alcançado nas urnas.

Simão Silva, Secretário-geral de CONQUATSA alerta à todos os paigecistas de que luta que levam a cabo para a reconquista do poder que diz lhes pertencer não será fácil pelo que todos devem  se empenhar.

“Verdade é que a CEDEAO emitiu uma declaração e ela  não está a ser cumprida até hoje, bem como pronunciamento do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para repor a justiça, devolvendo o poder ao partido que ganhou as eleições em respeito à Constituição da Republica, mas até no momento o silêncio ainda continua da parte de quem deve cumprir com as regras democráticas”, lamentou Simão Silva.

Referiu que em 1973, a Guiné Bissau proclamou,  de forma  unilateral,  sua independência e veio a ser reconhecida pelas Nações Unidas em 1974.

Por isso, Simão Silva  defende o cumprimento da orientação do Conselho de Segurança, relativamente a formação de um novo governo a ser liderado pelo PAIGC, por ser o vencedor das eleições legislativas de 10 de março, e para que haja a normalidade política na Buiné-Bisau.

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