Reunião da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, a 29 de Junho de 2020, doravante com uma nova maioria parlamentar de 55 deputados dos 102 do hemiciclo.
O Parlamento da Guiné-Bissau iniciou esta segunda-feira (29/06) a discussão do programa do Governo do primeiro-ministro, Nuno Nabian, em plena polémica, devido ao boicote pelo PAIGC, partido que venceu as últimas legislativas, mas cinco dos seus deputados desobedeceram às orientações do partido.
PAIGC, vencedor
das últimas eleições legislativas, não foi ao parlamento, por considerar que em
pleno estado de emergência sanitária não estão reunidas as condições para a
sessão parlamentar, mas cinco dos seus
deputados compareceram e viabilizam os trabalhos no hemiciclo.
Juntando-se
aos deputados das bancadas do MADEM e PRS, os cinco deputados do PAIGC, mais um
parlamentar do PND e outro da APU-PDGB, acabaram por proporcionar uma maioria, que agora se
prepara para debater e aprovar o programa do Governo do primeiro-ministro, Nuno
Nabian.
Nas hostes
do PAIGC fala-se em traição ao
líder do partido Domingos Simões
Pereira, mas alguns dos deputados do partido que agora se alinharam na
outra banda, dizem que não podiam seguir as orientações do partido, atendendo
à situação de dificuldades que o país atravessa.
Um deputado
disse mesmo que decidiu alinhar para não permitir que se volte a repetir o que
se passou, em termos de bloqueio institucional, nos últimos cinco anos.diz RFI.
Seja como
for, o bloco de partidos composto por Madem
e PRS conta com a maioria de deputados do seu lado, maioria alcançada através de alguma
engenharia política, por exemplo, a exoneração de cinco ministros, na noite de domingo (28/06) pelo
Presidente Umaro Sissoco Embaló, para que pudessem assumir esta segunda-feira
(29/06) os seus lugares de deputados no parlamento e garantir a maioria.
Feitas as
contas 27 deputados do Madem, 21 do
PRS, 5 do PAIGC, 1 da APU-PDGB e 1 do Partido da Nova Democracia
totalizam 55 parlamentares, dos 102 deputados, que constituem a
Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau
O presidente
do parlamento, Cipriano Cassamá, deputado do PAIGC, está a dirigir a sessão,
mas votou abstenção.
Notabanca;
29.06.2020
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