COMUNICADO DE
IMPRENSA
É
com bastante estupefação que o Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz,
Democracia e Desenvolvimento, tomou conhecimento através dos órgãos de
comunicação social a agressão que foi alvo o jornalista da Rádio Capital – Serifo Tawel Camará, a saída daquela
estação emissora na calada da noite, no dia 25 de pressente mês de Março por
indivíduos fardados com trajes e não identificados.
Este
ato cobarde, ignóbil e de vergonha nacional, não coaduna e nem tem espaço num
estado de direito democrático como a nossa, onde a liberdade de expressão e de
pensamento de qualquer cidadão não se pode ser posta em causa, pelo que,
dispensam de qualquer que seja a perseguição, intimidação, tentativa do
sequestro ou rapto para se silenciar um individuo ou um órgão de comunicação
social, neste caso a Radio Capital.
Visto
que qualquer alguém que sente lesado a sua honra e dignidade por outro cidadão
assiste-lhe o direito de recurso as instâncias legais competentes, quer no
próprio órgão difusora na qual for citado, em jeito de direito a resposta;
Conselho de comunicação Social ou os tribunais para eventual responsabilização
de restauração da imagem e bom nome de recorrente que viu tocado a sua
personalidade publicamente.
Hoje,
com estas tentativas de ataque a um jornalista da estação emissora Rádio
Capital, parece que estar posta em ação aquele que alguns dirigentes deste país
haviam proferido de que estão na posição de pegar os seus críticos pela noite
dentro a fim de fazerem justiça com as próprias mãos lamentavelmente e
infelizmente.
Considerando
que a atual situação de instalação das novas autoridades no país, neste momento
particularmente conturbado, em que todos guineenses estão com expetativas de
algorar o entendimento para apaziguar os ânimos, e, concomitantemente conjugar
as sinergias no combate a pandemia dos novos vírus corona (Covid-19), o
Movimento Nacional da Sociedade Civil, delibera:
1. Repudiar com
toda veemência, este ato cobarde, ignóbil e de vergonha nacional, que poem
causa a liberdade de expressão e de imprensa na Guié-Bissau;
2. Solidarizar
com o jornalista Serifo Tawel camará, alvo de ataque e assim a sua estação
emissora de Rádio Capital que sente ameaçada supostamente no exercício das suas
atividades de serviço publico;
3. Instar as
novas autoridades para garantir a segurança a todos cidadãos, em especial os
fazedores de opiniões tanto agentes da imprensa como ativistas sociais
independentemente das suas posições coincidirem ou não com o poder vigente no
país;
4. Exortar as
autoridades judiciais do país, em particular a polícia judiciária para perseguirem
os autores e que lhes sejam traduzidos para barra da justiça;
5.
Apelar a comunidade nacional e internacional para
continuar acompanhar e apoiar o país e o povo.
Bissau, 27 dias do mês de Março de 2020.
A Direcção Nacional do Movimento,
Notabanca; 28.03.2020
O movimento nacional da sociedade civil não estava no país, quando alguns jornalistas estão a difamar e insultar algumas personalidades do país, sobretudo novas autoridades. Um verdadeiro jornalista deve fazer o seu trabalho, baseando na deontologia profissional e não ser "boca de aluguer" de certos partidos ou candidatos. Por isso, esse trato não é surpreendente na medida em que algumas rádios e jornalistas estão ao serviço de partidos políticos, em vez de sociedade em geral.
ResponderEliminarPor exemplo, algumas personalidades foram apresentar a queixa junto ao ministério público, algumas pessoas estão a ver isso com maus olhos, criticando de modo injusta o ministério público. Afinal, o que é que as pessoas querem neste país?
É mais de que verdade, ninguém deve fazer justiça com as suas próprias mãos, mas não é menos verdade que os nossos tribunais não têm credibilidade ou quem tem a razão passa a ter culpa, por esta razão muitas pessoas preferem fazer justiça com as próprias mãos.
Na minha modesta opinião, peço ao movimento nacional da sociedade civil que sensibilize os proprietários de diferentes rádios no sentido de não permitirem que jornalistas utilizem rádios para ferir sensibilidade de figuras públicas e, muito menos um cidadão simples.