MENSAGEM DE ARISTIDES GOMES SOBRE CORONAVÍRUS
"Minhas Senhoras e meus Senhores
Povo da Guiné-Bissau em geral
O Governo que tenho a honra de liderar, sufragado nas urnas, regista com muita preocupação o facto de terem sido anunciados 2 casos confirmados de Coronavírus no país.
Sendo que o momento é de encontrarmos soluções, gostaríamos de vos lembrar que o nosso Governo tinha adoptado um Plano de Contingência que, se tivesse sido operacionalizado a tempo, poderia ter evitado a entrada da pandemia no nosso território.
Infelizmente, os trabalhos de alerta e de prevenção contra o COVID-19, que tinham sido iniciados com sucesso, através dos dispositivos previamente montados, colapsou com o Golpe de Estado.
"Minhas Senhoras e meus Senhores
Povo da Guiné-Bissau em geral
O Governo que tenho a honra de liderar, sufragado nas urnas, regista com muita preocupação o facto de terem sido anunciados 2 casos confirmados de Coronavírus no país.
Sendo que o momento é de encontrarmos soluções, gostaríamos de vos lembrar que o nosso Governo tinha adoptado um Plano de Contingência que, se tivesse sido operacionalizado a tempo, poderia ter evitado a entrada da pandemia no nosso território.
Infelizmente, os trabalhos de alerta e de prevenção contra o COVID-19, que tinham sido iniciados com sucesso, através dos dispositivos previamente montados, colapsou com o Golpe de Estado.
Sem um Documento-Plano orientador, quer em termos de medidas preventivas, quer reactivas da população em diferentes fases, a situação tende a piorar.
Pela nossa constatação, as autoridades instaladas com o Golpe de Estado, continuam a revelar uma inércia, no que se refere as acções de resposta. Basta só dizer que até aqui se regista uma ausência total de abordagens estratégicas face ao:
- Isolamento das pessoas infectadas para evitar o contágio;
- Materiais e equipamentos de proteção dos profissionais da saúde, que estarão na primeira linha de resposta;
- Plano de assistência à população em caso da situação de calamidade, incluindo os familiares dos profissionais que estarão expostos a maior risco de contaminação;
- Medidas compensatórias para mitigar os efeitos de isolamento e de problemas de acesso aos bens ou produtos essenciais. Este último derivado do encerramento dos mercados e do comércio informal.
Grosso modo, estamos perante o dilema de estabelecer fronteiras e limites entre prevenir e garantir ao mesmo tempo mantimentos a população. Uma situação que, se não for acautelada ou flexibilizada pode engendrar fome e expor a nossa população a outras enfermidades, reflectindo na incapacidade imunológica das pessoas.
Senhoras e Senhores
Pese embora o espectro da propagação de uma pandemia que já dizimou vidas, não deixaríamos de agradecer e registar com apreço os primeiros apoios que nos chegam da Comunidade Internacional. A lista de material (kit de prevenção) foi doada pela fundação Jack Ma e fundação Alibaba a todos os Estados Africanos. Todos receberão 20 mil testes, 100 mil máscaras e 1000 batas médicas.
Portanto, não se trata da diligência de ninguém em especial.
Por isso, apelamos ao uso responsável dessa doação. Para isto, a sociedade deverá ser informada do plano de ação que se pretende implementar, pois a transparência e a organização de brigadas e outras frentes de combate são indispensáveis para o bom aproveitamento de cada item doado.
Diante da complexidade do combate ao COVID-19, deve ser criada uma autoridade técnica competente e autónoma para gerir o processo. É assim que deve se comportar uma gestão pública, sobretudo nos momentos de crise. Estamos a falar da vida de todos os guineenses. Isso impõe que esta responsabilidade seja conduzida pelas mãos sérias e competentes de profissionais com experiência na matéria.
Contudo, e particularizando o caso da Guiné-Bissau, colocam-se interrogações em: como serão usados os respectivos materiais bem como a capacidade operacional das brigadas criadas para apoiar na prevenção?
Como sabemos, as medidas preventivas mais eficazes para reduzir a capacidade de contágio do novo coronavírus são: “etiqueta respiratória”; higienização, com água e sabão ou álcool gel a 70%, frequente lavegem das mãos; identificação e isolamento respiratório dos acometidos pela COVID-19 e uso dos EPIs (equipamentos de proteção individual) pelos profissionais de saúde. Será que temos isso disponível?
Já sabemos quando iremos atingir o pico da doença no nosso país?
Qual a estimativa, em ternos percentuais, dos pacientes a necessitar de internamento hospitalar? Como serão atendidos e isolados?
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Ao contrário do que muitos estão a afirmar, este é sim o momento de falarmos sobre política. Isto porque o Planeamento da Saúde Pública pressupõe a adoção de políticas, que darão as respostas adequadas às necessidades e preocupação do nosso povo. E, importa-se a propósito lembrar que as políticas sociais que nosso Governo adoptara, foram interrompidos por um golpe e as consequências estão a ser dramáticas.
Vamos apostar no mutualismo de esforços, pois, nada podemos esperar daqueles que ambicionaram em chegar ao poder, mas sem saber o que fazer com ele.
Como chefe de um Governo eleito, cada comunicado produzido dá as devidas indicações do que seria feito na normalidade democrática, pois o normal seria a entrega dos dossiers. No entanto, em virtude da força compulsiva do golpe através da ocupação das instituições pelas portas do cavalo, cabe-me o dever patriótico, face ao povo que elegeu a base parlamentar do meu governo, fazer pronunciamentos.
Como Chefe deste Governo eleito, entendo que a conquista do poder pela força leve a medo do debate mas o ônus da perturbação não cabe ao Chefe do Governo.
O meu Governo segue a trabalhar agindo ao serviço das nossas populações, ainda que isto possa custar a minha própria vida.
Eis porque como Primeiro-ministro Constitucional, cumpro o dever de expor os factos e análises a titulo de contribuição do meu Governo para permitir ao nosso país fazer face a pandemia do COVID-19.
Com esforço de todos, venceremos o Coronavírus!
Bissau, 25 de Março de 2020
Aristides Gomes
Primeiro-Ministro"
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Qualquer Estado Moderno repousa numa Justiça e Administração classicas, visando adequar o funcionamento das instituições aos novos paradigmas do Desenvolvimento.
Foi inspirado neste modelo que o nosso Governo encetou um conjunto de reformas, visando a requalificação da Administração Pública da Guiné-Bissau, com quadros competentes e capazes de dinamizar o aparelho estatal e o sector formal, no geral.
Nesta perspectiva, o nosso Governo, no âmbito das competências que lhes são conferidas por Lei, adoptou em Conselho de Ministros, medidas para a observância restrita do Decreto-lei sobre o Estatuto do Pessoal Dirigente, estabelecendo como critério mínimo a Licenciatura ou nível equiparado.
Esta mudança, decorrente da deliberação do colégio governamental, estava a registar progressos na dignificação e qualificação dos cargos públicos, com respaldo, fundamentalmente, no perfil dos Directores-gerais.
De resto, as últimas nomeações do nosso Governo aos cargos de DG foram efetivadas na observância dos critérios ora mencionados. Concomitantemente, os mesmos critérios eram aplicáveis aos Administradores das Empresas Públicas e PCAs.
Lamentavelmente, em menos de 1 mês da vigência do Golpe de Estado, os esforços de requalificação da Administração Pública guineense que estavam a ser bem sucedidos, vem sendo defraudados, com nomeações do pessoal sem competência requerida para lugares chaves, que constituem a espinha dorsal do Aparelho Estatal. Isto, com agravante de estarem a ser suspensos ou exonerados quadros que tinham sido nomeados na base de Concurso Público.
O Governo condena esta postura dos golpistas, que consubstancia o clientelismo e nepotismo, próprios de quem assalta o poder, sem dispor de alternativa e visão estratégica para desenvolver o país.
Outrossim, o Governo da Guiné-Bissau alerta para as graves consequências que poderão advir dessa vaga de mudanças sem critérios objetivos , adiando a concretização do Projeto de melhoria da grelha salarial que se impõe na Administração Pública.
Bissau, 25 de Março de 2020
Aristides Gomes Primeiro-Ministro
O Sr devia ter pena do povo guineenses, momento é de união por uma causa que não tem pobre nem rico ....
ResponderEliminarBô roba tudo dinheiro na cofri di estado bô divi utru kada kin sinta na Europa, kalki moral kubo tene pá papia na nome di Guiné Bissau?
Bô tem pena di kil povo kabo purbeta di momento pá deseja mal só pelo facto di abos bô sta dritu k dispensa tudo cheio...
O senhor Aristides Gomes, o seu governo é que irá formar obrigadas médicas e gerir todos os materiais doados. Não se preocupe!
ResponderEliminarQuando alguém atingiu a idade adulta deve evitar de entrar em muitas coisas, pensando na dignidade e respeito da sua família. Parece que o Aristides Gomes está obcecado pelo poder, utilizando todo o sistema duvidoso contra esse povo, no qual era primeiro ministro.
Portanto, nesse momento, não importa o povo guineense quem é que pediu a doação, com e sem Aristides Gomes a Guiné-Bissau irá conseguir materiais para combate ao coronavírus, porque tinha, tem e continuará a ter amigos e parceiros internacionais com os quais têm laços históricos.
Filho da puta! Está a brincar com a vida e paciência dos guineenses.