O líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder, acusou quinta-feira supostos militantes do partido de estarem por detrás de uma campanha que visa a intoxicação e desestabilização de Angola.
"São esses
mesmos que estavam embrulhados na corrupção, os mesmos que desviaram os
recursos do país para fora do país, apenas para eles, são os que estão a
utilizar esses mesmos recursos, que são de Angola para financiarem a campanha
de desestabilização, de intoxicação, que estão a azer contra angola”, afirmou
João Lourenço.
O também
chefe de Estado discursava na abertura do congresso da JMPLA, órgão juvenil do
partdo, tendo depois solicitado permissão aos delegados para fazer um segundo
discurso, pequeno, sem ler, para dizer o que lhe ia “na
alma”.
A segunda
intervenção de João Lourenço tem a ver com uma forte campanha que se verifica
nos últimos dias nas redes sociais, com determinadas figuras da socviedade
civil angolana, num apelo para na sexta-feira as pessoas não irem trabalhar, em
protesto à situação social e económica
do país.
Para João
Lourenço esta campanha não é contra si,
mas contra o país, considerando “o mais triste” que ela “não vem sendo movida,
nem por forças estrangeiras nem por forças da oposição”.
“Ela vem
sendo movida por nacionais, aparentemente do MPLA, e digo aparentemente porque
não se portam como tal, e que ainda têm o descaramento de falar em nome do
povo”, frisou.
O líder do
partido no poder em Angola questionou ainda se “os mesmos que estavam
embrulhados na corrupção”, qando “desviavam os recursos do país”repartiram com
o povo ou com os jovens.
“E então,
como é que agora vêm falar em defesa do povo, dos jovens. Coitado do povo que
está a passar mal, coitada da juventude que não tem emprego, e eu levanto
esta questão aqui, porque os cabos que
estão a ser pagos para levar a cabo esta campanha lamentavelmente são jovens,
portanto, nada melhor do que levantar esta questão no seio dos jovens”, disse.
João
Lourenço quesntionou ainda o carácter destes jovens “que alinham na campanha”.
“São bons
jovens? São exemplares?. Pensamos que não. Estão a fazer por quaisquer 100
euros se calhar nem isso, porque aqueles avarentos também não lhes vão pagar
muito mais”, apontou.
O líder do
partido no poder em Angola desde a independência , em 1975, reiterou o combate
à corrupção, um tema que foi colocado, com grande ênfase, pela direção do
partido entre 2016 e 2017, no período de preparação do congresso e das eleições, e que diz-se determinado a
cumprir.
“Houve
promessa em oportunidades distintas de se iniciar com essa cruzada, falou-se
com relação à corrupção, tolerância zero, mas o que verificamos é que esta
tolerância zero não surgiu”, lamentou.
Para
Lourenço, o caminho continua por percorrer: Deram-nos essa incumbência e nós
como não não gostamos de fingir que fazemos as coisas, não gostamos de enganar
o eleitorado, não gostamos, porque consideramos errado, consideramos injusto
utilizar os eleitores só para votarem em nós, prometendo coisas para fazer de
conta, nós estamos a procurar cumprir com essa incumbência que o partido nos
deu mesmo antes de sermos chefe de Estado”.
João
Lourenço admitiu que já esperava essa reação, referindo-se ao que se vem
assistindo nos últimos dias.
De acordo
com o chefe de Estado angolano, o combate à corrupção é importante para
garantir investimentos privado nacional e estrangeiro no país, com vista à
criação de emprego para o povo angolano e, em particular, para a
juventude.
Notabanca; 12.10.2019
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