O Presidente do Sindicato de Colaboradores das Empresas Participadas de Galp Energia na Guiné-Bissau (SCEPG-GB), acusou hoje o patronato de agir com má-fé no despedimento, em massa, de 18 trabalhadores, no passado dia 04 de Outubro, por alegado envolvimento no roubo de combustível,
Carlitos
Gomes que disse ser uma “acusação sem
provas”, falava numa conferência de imprensa na qual criticou o comportamento dos responsáveis da empresa
para com os trabalhadores.
Alega que
desde 1992, em que a empresa iniciou os seus trabalhos no país não se
verificou qualquer acção do género até a criação do sindicato de base dos
trabalhadores.
“Todas os
camiões que transportam combustíveis de Galp Energia tem os seus aparelhos de
controlo -os chamados GPS para detetar qualquer desvio de procedimento o que
torna impossível roubar combustível. Estávamos a revindicar o aumento salarial
e promoção na carreira dos trabalhadores, concurso interno e o regulamento
interno da empresa como manda a lei “,disse.
Segundo ele,
o gesto do sindicato não caiu bem ao patronado que decidiu declarar uma guerra
ao sindicato, dando exemplo que uma vez o Directora dos Recursos Humanos
questionou se o Estado da Guiné faz aumento de salário.” O aumento do salario
mínimo para 50 mil francos veio a acontecer mesmo assim nada foi feito”, disse.
Gomes
afirmou que a partir daí começaram as
queixas de que está-se a verificar quebras de combustíveis e que os
responsáveis são o pessoal que lida com combustíveis e os da direcção
comercial.
Disse que
foram pedidas as provas dessas quebras, e que a resposta foi” despedimentos”
com justificações de que a as receitas da empresa estavam em queda, o que Carlitos Gomes diz não corerespoder a verdade
e sustenta:”contrataram outros trabalhadores para desempenharem as mesmas
funções dos que saíram”.
“O mais
caricato de tudo é que quem assinou a nota de despedimento vive em Lisboa sem
conhecer a real situação, e os portugueses envolvidos não foram expulsos.
Reunimos com o administrador nacional Carlos Gomes júnior mas, sem efeito. Por
isso achamos que é uma perseguição contra os responsáveis sindicais e vamos
entrar com uma queixa-crime no tribunal exigindo respeito aos direitos que temos, uma vez que existe
trabalhadores despedidos mas que já fizeram 19 anos de serviço ”, disse.
O
Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG),disse na ocasião que acompanharam esse processo
desde o início, e na sua opinião, o que se pode concluir “ é que esta situação está a ser moda no país
principalmente nas empresas privadas, que despedem pessoas por pertencerem ou
criarem sindicatos para defendem os
interesses dos travbalhadores”.
Júlio
Mendonça refeiu-se ao caso da empresa de
telecomunicação MTN onde o Presidente do sindicato de base e o seu vice foram
postos na rua com “argumentos baratos” de irem trazer um cidadão da
Guiné-Conacri para os substituir.
Mendonça
disse que a UNTG fez finca pé e em consequência, os despedidos na MTN vão ser
indminizados a dobrar.
“A outra
empresa de telecomunicações denominada Orange Bissau fez a mesma coisa e o
processo esta a correr nos tribunais e agora é a vez dos funcionários da
Petromar .
Trata-se de
uma injustiça tremenda porque os factos imputados aos trabalhadores não são
reias, uma vez que, tendo em conta a natureza do próprio produto e a fonte do
armazenamento que esta no subsolo é normal ter um certo desequilíbrio ou seja
pode ser mais ou menos e os camiões são sondados para abastecer as bombas de
combustíveis e se tudo estiver certo no momento da entrega o condutor já fez o
seu trabalho corretamente”, disse.
Mendonça
disse que nunca denunciam as sobras só as quebras, salientando que como se for
num Estado que comparada com os Estados de Anarquia total, sem autoridade de
estado e cada um faz o que bem entender e a responsabilização é zero.
“Por isso, chegou a hora de pôr um ponto final
nesta história, porque a Inspecção -geral do Trabalho é uma instituição coxa
com leis dos anos 80, sem poderes. E se uma empresa infringir a lei paga uma
multa, se convertido do peso para o franco CFA vai dar 5000 mil francos. Qual é
a empresa que não poder pagar os 5000
mil franco, questionou, acrescentando que o
próprio Estado é campeão da violação
dos direitos dos trabalhadores.
Notabanca;
12.10.2019
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