O Primeiro-ministro afirmou terça-feira que o caso da apreensão de quase duas toneladas de cocaína só será clarificado na justiça e não na Assembleia Nacional Popular (ANP), como muitos deputados estão a exigir.
Em
resposta à interpelação dos deputados sobre o caso de apreensão e a inceneração
de cerca de duas toneladas de cocainas, no âmbito da operação “Navarra “ da PJ,
bem como dos processos judiciais dos envolvidos, Aristides Gomes disse que,
cada um pode dar a sua opinião e propor as suas ideias, mas que estas questões
só serão esclarecidas na justiça a partir de julgamento e consequente prisão
dos presumíveis responsáveis.
O chefe
do executivo sublinhou que a ANP não tem nenhuma capacidade de fazer
investigações nesse sentido.
O chefe
do Executivo disse que quem investigou o caso foi a Policia Judiciária (PJ) e
que o dossiê do caso está no Ministério Público cujo processo já foi acusado e
as pessoas envolvidas foram ouvidas e detidas.
“Lamento quando ouço vozes a dizer que o
Primeiro-ministro deve vir à ANP porque aqui é que se vai resolver o problema
de drogas. Fico admirado as vezes”, lamentou.
Gomes
adiantou que o problema deste flagelo só será resolvido com ação do poder
político para poder fazer com que a Guiné-Bissau possa ser uma zona livre de
tráfico de drogas.
Em
relação as afirmações segundo as quais a apreensão de drogas só ocorrem quando
Aristuides Gomes é Primeiro-ministro, respondeu que tal se deve ao fato de se
ele preocupar em criar condições à Polícia Judiciária para perseguir os traficantes.
“O caso de 2005, quando comecei a ouvir os
primeiros ruídos sobre o tráfico de drogas criei condições para que se possa
investigar a veracidade dos fatos, o que conduziu a apreensão de 650 quilos de
cocaínas. Na altura, o Director da Polícia Judiciária veio a minha casa
informar que conseguiram fazer a captura inclusive dos presumíveis autores, mas
não tinham como continuar a guardar o produto nas instalações da PJ, uma vez
que estava a receber telefonemas com ameaças “,explicou.
Segundo
o governante, foi dali que houve necessidade de procurar um outro local para
guardar as drogas e, segundo ele, o disponível e que oferecia melhores
condições foi o cofre-forte do Tesouro Público, uma vez que estava vazio.
Aristides
Gomes fez revelações sobre várias situações de tráfico de drogas com
envolvimento de altas figuras do país, e que disse esperar que, um dia, tudo
ficasse esclarecido
Notabanca;
16.10.2019
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