A Diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Região Africana afirmou que mais de 200 mil pessoas morrem todos os anos devido à complicações relacionadas com a doença como a cirrose hepática e cancro de fígado.
“Apesar da disponibilidade dos
meios de diagnóstico e de tratamento, menos de 1 em cada 10 dos 71 milhões de
pessoas infectadas com hepatite B e C, em África, têm acesso a diagnóstico”,
informou Matshidiso Moeti em mensagem alusiva ao Dia Mundial da Hepatite que se
assinala no próximo dia 28 de Julho, sob o
lema "Investir na eliminação da Hepatite".
Segundo uma nota de imprensa
da OMS enviada à ANG, o maior fardo da infecção por Hepatite B nas crianças com
menos de cinco anos estão nos países onde a dose, à nascença, da vacina da
hepatite B conta com uma cobertura insuficiente (abaixo de 90%) da vacina
pentavalente de infância.
Matshidiso Moeti disse que o
diagnóstico e tratamento como abordagem de saúde pública continua a ser o
componente mais negligenciado da resposta, esperando que esta doença possa ser
eliminada até 2030, com a afetação de recursos adequados e vontade política.
Afirmou que o financiamento do
diagnóstico e tratamento como componentes da Cobertura Universal de Saúde é um
investimento eficaz, acrescentando que a OMS felicita o Ruanda e Uganda pela
disponibilização, diagnóstico e tratamento da doença gratuitamente.
Convidou ainda aos
Estados-membros a se investirem na abordagem de saúde pública para a
erradicação da hepatite B e C, em África.
"Os países devem investir
na vacinação contra a Hepatite B para todos os recém-nascidos e integrar as
intervenções como parte do reforço dos sistemas de saúde. Isto inclui basear-se
nas capacidades actuais, nos laboratórios para o VIH e Tuberculose,
incorporando a vigilância contra a hepatite no sistema nacional de informação
sanitária, e garantir o fornecimento de medicamento e meios de diagnóstico
comportáveis", referiu Matshidiso Moeti.
Aquela responsável disse que,
para além dos esforços envidados pelos governos e parceiros, a sociedade civil
e os que vivem com a hepatite viral devem continuar a desempenhar um papel
central na sensibilização da comunidade e dos políticos.
Felicitou a Aliança para a
Vacinação, por apoiar a vacinação à
nascença da hepatite B e o Fundo Global
por disponibilizar tratamento para Hepatite C aos pacientes com VIH.
Convidou igualmente aos
parceiros e empresas farmacêuticas a reduzirem os custos dos meios de
diagnóstico e de tratamento da hepatite B e C.
"Em colaboração com
investigadores, podemos explorar coletivamente as formas de simplificar o
diagnóstico e tratamento e ainda promover a inovação para curar hepatite B e
vacina para a hepatite C", disse.
Prometeu que a OMS irá
continuar a apoiar a colaboração entre os Estados-membros, saudando a proposta feita recentemente pelo Egipto
para apoiar o diagnóstico e tratamento da hepatite à um milhão de pessoas, em
14 países africanos.
em Junho deste ano foi
realizada a Cimeira Africana sobre a Hepatite em Kampala (Uganda) onde
participaram mais de 600 delegados de 32 países.
A Região Africana da OMS vai
se juntar à comunidade internacional nas celebrações do Dia Mundial da Hepatite
,no dia 28 de Julho.
Notabanca; 27.07.2019
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