
Apenas 42 por cento das
75 mil pessoas entrevistadas em 38 países confiam na imprensa de maneira
geral, revela um documento da Reuters Institute.
Essa percentagem
representa cerca de dois pontos a menos em relação a situação verificada no
passado.
O estudo divulgado na
quarta-feira (12) mostra que menos de uma a cada duas pessoas confia nos
veículos acessados ou lidos no quotidiano – o equivalente a 49% dos
entrevistados, ouvidos entre janeiro e fevereiro em 38 países. 51% das pessoas
que participaram da pesquisa pensa que a mídia ajuda a entender o mundo atual e
menos de um terço (29%) acredita que a imprensa cubra assuntos pertinentes.
Para 16%, o “tom” utilizado nas matérias e reportagens não é adequado.
Os resultados da
pesquisa escondem disparidades importantes de acordo com o país, indica o
relatório. Na Finlândia e no Canadá, por exemplo, a maioria da população confia
na imprensa. Já na Grécia ou na Hungria, há uma forte desconfiança. Na França,
a confiança diminuiu cerca de 24%.
A imprensa foi
particularmente criticada pela cobertura do movimento dos “coletes amarelos”,
especifica o documento. A confiança nas informações consultadas nas ferramentas
de busca e redes sociais continua estável em relação ao ano passado e são,
respectivamente, de 33% e 23%.
Os internautas
utilizam cada vez mais aplicativos de troca de mensagens instantâneas para
compartilhar informações e se informar, principalmente no Brasil, na Malásia e
na África do Sul. O documento ressalta que o nível de confiança aumenta com o
nível educacional. Os leitores mais diplomados na Alemanha e nos EUA, por
exemplo, avaliam as mídias de maneira mais positiva.
Paralelamente, a
preocupação continua crescente em relação à expansão das fake news, apesar dos
esforços das plataformas e dos editores.
Entretanto, a
proporção das pessoas dispostas a pagar por informação on-line é baixa, é de
15%.De uma maneira geral, o relatório mostra que os internautas preferem
investir na diversão e em canais como Netflix e Spotify. Esse dado contrasta
com o fato de que cada vez mais veículos tendem a cobrar pelos seus conteúdos.
Outro dado interessante é que 32% das pessoas evitam as chamadas “notícias
quentes”, em detrimento de conteúdos mais elaborados.
Notabanca; 16.06.2019
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