A vice-presidente do PAIGC, Maria Odete Semedo, disse hoje
ter recebido garantias do chefe de Estado guineense de que vai cumprir
"escrupulosamente" a lei para nomeação do futuro primeiro-ministro.
"Acabamos de sair da audiência com o Presidente
da República (José Mário Vaz) e foi um momento para garantir ao PAIGC que vai
seguir escrupulosamente o que a lei diz e que há vários rumores, mas que está
consciente das suas prerrogativas e é isso que vai fazer", afirmou Odete
Semedo.
Questionada
pelos jornalistas se o Presidente pediu ao PAIGC para indicar um nome para o
cargo de primeiro-ministro, Odete Semedo disse que "não pediu" e que
o partido vai continuar a aguardar.
"Disse
que vai seguir os trâmites passo a passo, primeiro foi ouvir e estamos em crer
que nos resta aguardar, com a paciência de sempre, para que nos chame enquanto
partido vencedor das eleições para entregarmos o nome do primeiro-ministro",
salientou.
Por seu
turno, Braima Chamará do MADEM G-15 frisou que alertaram ao José Mário Vaz de que,
para que a nomeação do próximo governo seja uma realidade é muito importante
que ele faça respeitar a constituição usando as suas prerrogativas.
“Como todos
sabem no quadro constitucional do nosso país, é obrigatório a constituição
taxativa e regular da mesa da Assembleia Nacional Popular com base nos
resultados eleitorais para que se possa cumprir o princípio da
proporcionalidade. Por isso, apelamos à todos os atores políticos, tendo em
conta a situação difícil em que o país se encontra, para tudo fazemos para
tirar a Guiné-Bissau neste marasmo em que se encontra”, frisou.
Aquele
político salientou estar convicto de que o Chefe de Estado deve estar doravante
disponível para assumir as suas responsabilidades.
O líder da
Bancada Parlamentar PRS, Sola Nanquilim disse que foram chamados para consultas
com o Presidente da República, mas que não abordaram com José Mário Vaz
assuntos sobre nomeação do novo primeiro-ministro.
Nanquilin
apela à imprensa no sentido de ajudar a
informar a opinião publica de que o lugar de primeiro Secretário da Mesa da ANP
pertence ao seu partido, o (PRS).
Segundo o
artigo 68.º (alínea g) da Constituição da República da Guiné-Bissau, são
atribuições do chefe de Estado "nomear e exonerar o primeiro-ministro, tendo
em conta os resultados eleitorais e ouvidas as forças políticas representadas
na Assembleia Nacional Popular".
Armando
Mango, da APU-PDGB, disse aos jornalistas que o encontro esteve relacionado com
o artigo 68.º da Constituição da República e esperam que o Presidente guineense
indigite "imediatamente" o próximo primeiro-ministro de acordo com os
resultados das últimas eleições legislativas.
"Não há
mais caminhos do que o cumprimento da Constituição da República", disse
Iaia Djaló, presidente do PND, no final do encontro com o chefe de Estado,
salientando que o Presidente guineense está com "boa vontade" e
apenas lamenta que haja uma divisão tão grande no parlamento, que poderá pôr em
causa algumas reformas, incluindo a constitucional.
O
vice-presidente da União para a Mudança, João Baticã Ferreira, afirmou que o
chefe de Estado disse que a "Constituição tinha de ser aplicada".
"Não vemos outra saída, outra via aberta, que não seja a aplicação da Constituição. A maioria parlamentar está garantida", salientou.
"Não vemos outra saída, outra via aberta, que não seja a aplicação da Constituição. A maioria parlamentar está garantida", salientou.
Notabanca;
14.06.2019

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