segunda-feira, 15 de abril de 2019

COMERCIANTES COMPRAM CASTANHA DE CAJU 300 FRANCOS CFA POR QUILO
Na zona norte da Guiné-Bissau, concretamente em São Domingos, e nas outras localidades, os comerciantes estão a comprar a castanha de caju no valor de 300 francos CFA por cada quilograma.
Contra a decisão do governo, que fixou no passado dia 26 de março, o preço básico em 500 cfa (cerca de 0,76 euros) por cada quilograma do produto, tido como "maior renda nacional".
Tudo está a ser feito duma forma escondida pelos comerciantes nacionais e estrangeiros.
Decepcionados com a situação, os agricultores pedem o respeito e a rápida intervenção das autoridades concernentes a porem fim nessa que consideram de "roubo" pois, vai contra todas as normas estipuladas pelo executivoguineense.
O governo anunciou 500 cfa como preço base por quilograma da castanha, a decisão governamental constou num comunicado de conselho dos ministros, na qual fixou-se também a base tributária em 1.222 dólares por tonelada.
Conforme a rádio Voz de Quelele, a 30 de março passado, o executivo chefiado por Aristides Gomes abriu oficialmente a campanha de comercialização de caju em Bissau. tendo como Slogan “tolerância zona a saída clandestina da castanha de caju”. De lá, a esta parte, os preços praticados no terreno são entre 250 a 300 cfa. E, o governo augura exportar cerca 200 mil toneladas do produto para a Índia e Vietname.
Recorda-se que, no ano passado, o chefe de Estado José Mário Vaz, anunciou o preço base de compra do principal produto de exportação nacional e motor do crescimento económico em 1000 cfa (cerca de 1,5 euros) por quilograma.
Mas, ocorre que, o preço apresentado pelo Presidente da Republica tem suscitado debates dos vários intervenientes da fileira de Caju alegando que não era um preço viável a dinâmica do mercado na altura e que se ocorria o risco de estrangular a campanha de caju em 2018.
A castanha de Caju é principal produto de exportação nacional e motor do crescimento económico. No entanto, devido a má campanha de caju 2018, o conselho nacional de credito referiu que a Guiné-Bissau registou uma desaceleração económica devido à diminuição das exportações do produto.
O governo estimou, que no ano passado de uma forma clandistina cerca 50 mil toneladas do caju da Guiné-Bissau terem saído pelas portas travessas para Senegal.
O FMI referia que o caju tem sido responsável pelos bons resultados económicos da Guiné-Bissau e avisou para a dependência das exportações desse produto, aconselhando a uma maior diversificação da economia.
Notabanca; 15.04.2019

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