A Policia Judiciária (PJ) guineense, não descarta a possibilidade de ouvir o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Nicolau dos Santos, no âmbito do processo de apreensão do arroz oferecidos à Guiné-Bissau pelo governo da China, em Bafatá, leste do país.
A
possibilidade foi transmitida aos jornalistas, pelo inspetor e coordenador das
operações PJ guineense, Fernando Jorge, numa conferência de imprensa para fazer
o balanço da operação denominado “Arroz de Povo”, no leste do país.
Aos
jornalistas, Jorge revela que a PJ quando está a fazer qualquer investigação
normalmente abstém-se de qualquer que seja autoridade para pedir a informação,
por isso, vão continuar a fazer a investigação.
“Qualquer
pessoa que tiver responsabilidade, incluindo o governante será objeto de um
processo criminal, por isso, estamos determinados a continuarmos a nossa
investigação para encontrar os responsáveis”, vincou Jorge.
Além da
comercialização do produto em Bafatá, a PJ guineense acusa ainda o titular da
pasta da Agricultura de ter apropriado de 20 sacos de arroz e autorizou
entregar 10 sacos a alguns funcionários do Ministério da Agricultura.
Perante este
cenário, o inspetor e coordenador das operações da instituição, revela que a PJ
exige ao Ministério da Agricultura que informe a população o paradeiro de 1.891
sacos de arroz em Bafata.
No âmbito
desta primeira fase da operação denominada “Arroz do Povo” a PJ guineense
deteve três pessoas em Bafatá, entre o quais o delegado regional da Agricultura
e uma viatura onde estava alguns sacos de arroz desviado.
Embora a
instituição considera que o delegado regional da Agricultura em Bafatá, Tcherno
Mamadu Djaló não tem responsabilidade no desvio de arroz, porque foi forjado a
assinar o documento da receção do produto.
Segundo a
indicação de Fernando Jorge, durante a operação os responsáveis do armazém da
empresa Cuba Lda, onde o produto foi estocado e o proprietário da viatura,
Mussa Canté puseram em fuga.
Na
quinta-feira, o ministro da Agricultura, Nicolau dos Santos, disse que o arroz
apreendido pela PJ estava num armazém em Bafatá arrendado pelo próprio
ministério e que não foi desviado.
Em
conferência de imprensa, Santos revela que houve falta de comunicação
institucional entre o seu pelouro e a Polícia Judiciária guineense.
Questionado
sobre as suspeitas de que o produto estaria a ser mudado de sacos, o ministro
referiu não ter conhecimento dessa situação.
Viatura de Mussá Candé filho de Botche Candé |
Notabanca;
05.04.3029
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