sexta-feira, 5 de abril de 2019

MINISTRO DA AGRICULTURA PODERÁ SER OUVIDO PELA PJ GUINEENSE 
A Policia Judiciária (PJ) guineense, não descarta a possibilidade de ouvir o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Nicolau dos Santos, no âmbito do processo de apreensão do arroz oferecidos à Guiné-Bissau pelo governo da China, em Bafatá, leste do país.
A possibilidade foi transmitida aos jornalistas, pelo inspetor e coordenador das operações PJ guineense, Fernando Jorge, numa conferência de imprensa para fazer o balanço da operação denominado “Arroz de Povo”, no leste do país.
Aos jornalistas, Jorge revela que a PJ quando está a fazer qualquer investigação normalmente abstém-se de qualquer que seja autoridade para pedir a informação, por isso, vão continuar a fazer a investigação.
“Qualquer pessoa que tiver responsabilidade, incluindo o governante será objeto de um processo criminal, por isso, estamos determinados a continuarmos a nossa investigação para encontrar os responsáveis”, vincou Jorge.
Além da comercialização do produto em Bafatá, a PJ guineense acusa ainda o titular da pasta da Agricultura de ter apropriado de 20 sacos de arroz e autorizou entregar 10 sacos a alguns funcionários do Ministério da Agricultura.
Perante este cenário, o inspetor e coordenador das operações da instituição, revela que a PJ exige ao Ministério da Agricultura que informe a população o paradeiro de 1.891 sacos de arroz em Bafata.
No âmbito desta primeira fase da operação denominada “Arroz do Povo” a PJ guineense deteve três pessoas em Bafatá, entre o quais o delegado regional da Agricultura e uma viatura onde estava alguns sacos de arroz desviado.
Embora a instituição considera que o delegado regional da Agricultura em Bafatá, Tcherno Mamadu Djaló não tem responsabilidade no desvio de arroz, porque foi forjado a assinar o documento da receção do produto.
Segundo a indicação de Fernando Jorge, durante a operação os responsáveis do armazém da empresa Cuba Lda, onde o produto foi estocado e o proprietário da viatura, Mussa Canté puseram em fuga.
Na quinta-feira, o ministro da Agricultura, Nicolau dos Santos, disse que o arroz apreendido pela PJ estava num armazém em Bafatá arrendado pelo próprio ministério e que não foi desviado.
Em conferência de imprensa, Santos revela que houve falta de comunicação institucional entre o seu pelouro e a Polícia Judiciária guineense.
Questionado sobre as suspeitas de que o produto estaria a ser mudado de sacos, o ministro referiu não ter conhecimento dessa situação.
Viatura de Mussá Candé filho de Botche Candé
Notabanca; 05.04.3029

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