A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau recebeu hoje da ONU "parte substancial" dos materiais para as eleições legislativas de 10 de março.
No ato, Gabriel
Dava, coordenador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
gestor dos fundos internacionais para as eleições guineenses, entregou a José
Pedro Sambú, presidente da Comissão Nacional de Eleições, 3.100 cabines de
voto, 440 urnas eleitorais e 462 tampas de urnas.
Também foram
entregues 1.542 frascos de tinta indelével, 191 mil selos para a segurança das
urnas após a votação e ainda 3.100 espécies de material consumível diverso.
Aqueles
materiais foram adquiridos pelo PNUD com fundos angariados a partir de
contribuições de vários parceiros internacionais, nomeadamente Angola, Itália,
Japão, CEDEAO (Comunidade Económica de Estados da África Ocidental) e União
Europeia.
No seu
discurso no ato de entrega, o responsável do PNUD disse que falta agora chegar
à Guiné-Bissau o chamado "material eleitoral sensível", nomeadamente
boletins de voto, que devem ser fornecidos por Portugal.
"A CNE
está tecnicamente preparada" para votação no dia 10 de março, salientou.
O presidente
do organismo eleitoral guineense prometeu redobrar esforços no sentido do
cumprimento de todo o calendário previsto para que o escrutínio tenha lugar no
dia marcado.
José Pedro
Sambú considerou que a Guiné-Bissau "vive numa encruzilhada", o que
compromete o desenvolvimento e que a realização de eleições "livres,
justas, isentas e credíveis" são um objetivo da CNE, mas que deve
mobilizar todos os guineenses.
A CNE
recebeu material de votação no dia em que termina o prazo dado pelo Supremo
Tribunal de Justiça para os partidos concorrentes às eleições depositarem os
respetivos dossiês de candidatura para serem apreciados naquela instância.
As eleições
legislativas estiveram marcadas para 18 de novembro do ano passado, mas foram
adiadas devido a problemas com o recenseamento eleitoral.
Notabanca;
10.01.2019
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