O investigador do Instituto de Biodiversidades e Áreas Protegidas (IBAP) da Guiné-Bissau Castro Barbosa alertou hoje para o perigo que corre o ecossistema devido à quantidade de plástico que se encontra nos mares e rios do país.
Segundo Castro Barbosa, o plástico vem do lixo que é despejado para os mares e rios.
Castro Barbosa deu o exemplo do parque natural João Vieira/ Poilão, uma das zonas das reservas da biodiversidade situado no arquipélago dos Bijagós, onde chegam todos os anos, no mês de agosto, "grandes quantidades de lixo, sobretudo plástico", causando danos no ecossistema.
O centro de conferências do IBAP, em Bissau, é hoje palco de uma série de debates para assinalar o dia mundial dos oceanos, este ano sob o lema: "prevenir a poluição plástica e encorajar soluções para um oceano saudável".
A conferência, organizada pelo Ministério das Pescas, vai debruçar-se também sobre alterações climáticas e oceanos, a erosão costeira, citando o caso da praia de Varela, norte da Guiné-Bissau e ainda ouvir de um especialista quais as políticas e estratégias do país para o tratamento de resíduos sólidos.
O investigador do IBAP vai aproveitar a sua comunicação no ato para alertar sobre os "perigos que o plástico representa" para a vida animal, citando casos de pássaros, tartarugas e peixes que acabam por morrer ao tentarem comer aquele material bastante presente no quotidiano dos guineenses.
Na Guiné-Bissau existe uma lei que proíbe o uso de sacos plásticos, aprovada no parlamento em 2013, mas que "ninguém cumpre", disse o investigador.
Além do plástico, Castro Barbosa aponta ainda "outros perigos" para os mares guineenses, nomeadamente o derrame de petróleo e as redes de pesca e as águas dos esgotos não tratadas que saem das casas.
O investigador do IBAP alerta para "falta de consciência" dos guineenses, que afirmou, acabam por poluir mais do que os estrangeiros, originando surtos sistemáticos de doenças diarreicas, tifoide e cólera, observou.
Notabanca;
08.06.2018
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