O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça, acusou, esta terça-feira, o primeiro-ministro Aristides Gomes de «juntar o dinheiro do Estado e dividir com os seus amigos».
Ao explicar aos jornalistas os motivos da terceira greve geral convocada pela central sindical nos últimos dois meses, hoje iniciada e que se prolonga até quinta-feira, Júlio Mendonça acusou o primeiro-ministro guineense de «desprezo aos funcionários públicos, preferindo privilegiar os amigos», disse.
«Quero dizer ao Aristides Gomes que estamos a perceber bem qual a sua estratégia que é juntar o dinheiro de Estado e dividir com os seus amigos», observou o líder da UNTG.
Júlio
Mendonça afirmou que a greve vai avante porque ninguém do Governo chamou os
sindicatos para conversações.
Para o
sindicalista, o primeiro-ministro «anda a dizer na imprensa» que tem como
única missão organizar eleições legislativas, “quando, na verdade está a ajudar
os amigos”, frisou, salientando que a central sindical não baixará os braços.
Júlio
Mendonça defende que se no passado não havia condições para se aplicar uma nova
grelha salarial na Função Pública, devido ao facto de o parlamento ter estado
fechado com as divergências entre os partidos, agora a situação é outra,
refere.
Em vez de
aplicar uma nova grelha salarial aprovada em 2017, diz o líder da UNTG, o
Governo «preocupa-se em aumentar salários entre eles», acusou.
«Os
trabalhadores públicos continuam a sofrer e os políticos continuam a viver bem
neste país», assinalou Júlio Mendonça, acusando ainda o Governo de estar a
pensar aumentar os impostos.
Notabanca;
27.06.2018
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