“UM MAGISTRADO CORROMPIDO NÃO TEM CONDIÇÕES
MORAIS PARA O EXERCÍCIO PLENO DAS FUNÇÕES”-PGR
Procurador-geral da
República admite que, o país precisa de “magistrados incorruptíveis” para
combater a corrupção.
As observações de Bacar
Biai foram registadas esta manhã, na abertura do segundo congresso do Sindicato
dos Magistrados do Ministério Público.
De acordo com o
procurador, um magistrado corrompido não tem condições morais para o exercício
pleno das suas funções
Bacar Biai disse que, a
corrupção já ameaça a democracia na Guiné-Bissau, razão pela qual, promete uma
luta sem tréguas contra o fenómeno e os corruptores.
No congresso de dois
dias, os magistrados do Ministério Público e convidados, vão debater entre
outros pontos, a Constituição, os Estatutos e a Autonomia do Ministério
Público.
O Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público exige ao
Procurador-Geral da República uma liderança capaz de promover a excelência, de
potenciar a competência técnica, a seriedade e a dedicação dos magistrados do
Ministério Público.
«Exige-se uma
liderança capaz de promover a excelência, de potenciar a competência técnica, a
seriedade, a dedicação dos magistrados do ministério público que anonimamente
trabalham nos vários tribunais e serviços. Dos que por se dedicarem e se
concentrarem no seu trabalho, por não se insinuarem nem se exporem aos holofotes
da fama, são subvalorizados, subaproveitados e esquecidos», exigiu o líder
sindical dos magistrados.
Domingos Martins
afirmou ainda que nos últimos anos tem aparecido acusações de corrupção no seio
das magistraturas facto que devem obrigar-lhes a um exercício de introspecção
séria e duro no combate ao fenómeno se se constatar a sua existência, “ pois
será fora de um quadro de corporativismo atávico que poderemos garantir à
sociedade que somos fiscalizadores da legalidade”.
Presidente do
Sindicato pediu ainda uma clara definição do estatuto do procurador-geral da
República:
Entretanto, o ministro
da Justiça, Iaia Djaló, afirmou que a expansão e a modernização do crime,
constituem a nível planetário, uma ameaça para o desenvolvimento político e
económico da sociedade, atingindo a segurança interna aos estados com efeitos
devastadores a soberania dos mesmos.
“ Os desafios do país
no domínio de combate a criminalidade, contraposta a crescente complexidade da
sociedade actual decorrente das profundas e rápidas transformações políticas e
económicas, apelam a elevação da consciência nacional e a existência de
instituições fortes”, sublinha o ministro.
No congresso de dois
dias, participam paises da CPLP nomeadamente ; Portugal, Moçambique e Brasil, no qual, os magistrados, vão debater entre
outros pontos, a Constituição, atribuição de cinco anos de mandato ao PGR, Justiça e a comunicação social, os Estatutos e a
Autonomia do Ministério Público.
Notabanca; 23.05.2018
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