“Esta manhã perguntei à um político guineense na oposição sobre a nomeação do futuro governo de Artur da Silva.
A resposta dele diz tudo sobre a Guiné-Bissau.
"Ainda estamos à espera que volte o Senhor Presidente José Mário Vaz de férias para assim tratarmos da segurança do nosso povo e da construção do nosso país, pois o próprio novo primeiro-ministro está sem gabinete à espera do regresso do Presidente."
Aí está: o país pode sempre esperar pelo Presidente. Ou seja, o Presidente sempre em primeiro lugar.
O país pode esperar, como se os 44 anos de espera ainda não fossem suficientes.
O país pode esperar até que o Presidente se reforme psicologicamente.
O país pode esperar até que ele arrefece as angústias de ter um filho
sancionado por CEDEAO...
O país pode esperar até que o Presidente corrija os erros de 12 de Agosto
de 2015, de 12 de Maio de 2016, de 31 de Fevreiro de 2018...
O país pode esperar até que o Presidente descubra que há consenso no Acordo
de Conacry quanto à figura do camarada Augusto Olivais que o Presidente
deve nomear como novo primeiro-ministro.
O país pode esperar mesmo sem saúde, sem escolas, sem luz, sem água, sem
estradas, e sem futuro.
O país pode esperar enquanto uns comem e os outros sofrem de massacre nas
mãos das tropas/polícias senegalesas
O país pode esperar enquanto uns brilham e os outros andam
"fungulidos".
É mesmo assim, na República do Senhor Presidente José Mário Vaz, na
Guiné-Bissau "di bom bardadi".
Artur da Silva dá um sinal quando ter um gabinete e terminar a composição
do governo.
O país pode esperar.
E o Chefe de Estado, este certamente deve estar a caminho de cemitério dos
ex-ditadores da nossa mama África, também ao seu jeito e ritmo.”
Por: Armando Quadé
Notabanca; 08.02.2018

Sem comentários:
Enviar um comentário