O internacional guineense Leocísio Júlio Sami declarou que não volta a representar a seleção nacional da Guiné-Bissau enquanto certas pessoas estiverem lá.
A decisão deste internacional guineense de 28 anos foi tornada pública numa entrevista dada ao Canal Sem Truques, sem indicar as pessoas a que se refere.
Numa entrevista que durou cerca de uma hora e meia, Sami falou, entre vários assuntos, sobre a sua formação como jogador, a sua carreira enquanto sénior e jogador profissional, e da seleção nacional de futebol da Guiné-Bissau que aceitou representar numa altura em que muitos jogadores naturais da Guiné-Bissau abdicaram.
"É uma seleção que resume muito como é que é a sociedade guineense. É o reflexo da sociedade. Dói ver que chegou um ponto em que a seleção não é algo tão verdadeiro. Há ali coisas que nos ultrapassam porque não temos poderes sobre isso, mas quem é minimamente atento ou quem quer ver, vê realmente o que passa naquela seleção. É ridículo e é algo que enoja" afirmou Sami.
Referindo-se ao apuramento ao
CAN-2017, disse que há pessoas que no passado a seleção não lhes interessava e
que no mesmo período podiam ter ajudado a seleção, salientando que a partir do
momento que se conquistou algo estas pessoas apareceram para tirar proveito.
O jogador do Desportivo de Aves da
primeira liga portuguesa foi ainda mais longe ao afirmar que nunca um
empresário
pode ser o director da seleção, porque o empresário é quem agenceia os jogadores questionando ainda que um empresário que tem jogadores e é director executivo duma seleção, o que vai fazer?
pode ser o director da seleção, porque o empresário é quem agenceia os jogadores questionando ainda que um empresário que tem jogadores e é director executivo duma seleção, o que vai fazer?
"A seleção é um sítio onde poderia
dar muito rendimento ao país e ao contrário está a dar prejuízo. Pelo que nos é
informado, foi dado uma verba pelo governo e deixa agora pensar como é que uma
identidade como a Federação da Guiné-Bissau ainda é sustentada pelo governo,
ainda não consegue andar pelos próprios pés. Há sempre verbas que são dadas à
selecção mas que nunca dão e nunca batem certo", advertiu o internacional
guineense.
De acordo com os Djurtus, Sami ainda
afirmou nesta entrevista que houve alguns momentos na seleção, em
que ele, Ivanildo e o Bocundji tinham que dar a cara para defender os mais
novos e por causa disto alguns acharam que há pessoas que têm algum peso na
seleção e queriam mandar ali e quando estas pessoas tiveram a oportunidade de
entrar na seleção acharam que tinham que abrir guerras com eles e
chocaram.
"Eu não tenho nada mal contra os
jogadores que estão lá a jogar. Dou-me super bem e relaciono-me e falo bem com
toda a gente, com todos jogadores. Há muitos que dou conselhos e ajudo de forma
que eu puder e só espero que continuem. Eu, a seleção não vou voltar”, disse.
Afirmou que vê a seleção com as pessoas
que estão lá actualmente, acrescentando que já consegui o que foi o seu sonho.
“Foi o meu sonho e sempre tive o sonho a
partir do momento que eu entrei no projecto seleção. Era para competir numa
grande competição e tivemos esta oportunidade. Tivemos tipo o ouro nas mãos
mas não aproveitamos, porquê? Por causa dos interesses. E correu mal por
causa dos interesses”, lamentou.
Disse que quando a pessoa está ali, vê
que desperdiça muito seu tempo e depois acontece estas coisas. A pessoa
não é respeitada, vê-se ali situações que nós e como estou a dizer, então por
mim, por enquanto as pessoas estiverem lá. Amo muito a minha selecção, amo
muito a minha terra mas não vou lá porque um dia vai haver uma desgraça"
afirmou Leocísio Júlio Sami.
Notabanca; 17.10.2017
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