O líder do partido União Patriótica Guineense (UPG),
afirmou que o Acordo de Conacri não aponta soluções muito claras para a saída
da actaul crise política que assola o país.
Fernando Vaz em declarações exclusivas à ANG, disse
contudo que a primeira solução que devia contar, bastante clara e inequívoca,
era a nomeação de um primeiro-ministro de consenso.
“Falou-se em três nomes e o próprio Acordo não traz qual dos três foi escolhido pelos signatários. Daí ter gerado logo a chegada à Bissau várias interpretações dos subscritores.
O que não abonou em nada que o Acordo de Conacri fosse um instrumento credível e que pudesse possibilitar a solução da crise”, explicou.
“Falou-se em três nomes e o próprio Acordo não traz qual dos três foi escolhido pelos signatários. Daí ter gerado logo a chegada à Bissau várias interpretações dos subscritores.
O que não abonou em nada que o Acordo de Conacri fosse um instrumento credível e que pudesse possibilitar a solução da crise”, explicou.
Fernando Vaz disse que o Acordo de Conacri falhou ao não indicar de forma
clara um nome entre os três escolhidos para as funções de primeiro-ministro.
“Se não o
faz, deixa em aberto aquilo que era essencial da crise ou seja escolha de um
primeiro-ministro aceite pelas partes. Pelo menos isso não está plasmado no
referido Acordo”, sublinhou.
Segundo o
líder da UPG, o que ouviram dos subscritores do Acordo de Conacri são as trocas
de mimos de quem de facto foi escolhido para ser o chefe do executivo, situação
que até hoje não ficou esclarecida.
“Por isso, a
nossa posição é que o Acordo de Conacri não constitui um instrumento capaz de
resolver a crise”, salientou.
O Presidente
da UPG frisou que é do conhecimento de todos que o Acordo de Conacri tem dez
pontos e um dos quais fala do regresso incondicional dos 15 deputados expulsos
do PAIGC.
“O próprio Acordo foi contraditório neste capítulo porque diz regresso
incondicional dos 15 deputados expulsos do PAIGC observando os estatutos do
partido. Se o regresso é incondicional e logo a seguir diz respeitando os
estatutos. Como é incondicional. Assim é complicado”, considerou.
Fernando Vaz sublinhou que a saída da
actual crise deverá ser encontrada pelos representantes do povo na Assembleia
Nacional Popular.
“Portanto que se abra a Assembleia Nacional Popular para que a maioria
dos deputados que representam o povo guineense pronuncie qual é o caminho
que quer para o país”, disse, referindo-se que é assim que se funciona nos
países democráticos.
Vaz afirmou que um órgão da soberania como ANP não pode fazer greve,
salientando que aquilo que estamos a assistir é uma greve de zelo de um órgão
da soberania.
“Se existir
interpretações dúbias e que não são coincidentes sobre determinada matéria, a
plenária da ANP é quem deve decidir sobre a matéria não são as partes. Portanto
que se convoca a ANP para que se pronuncie maioritariamente”, revelou.
De acordo
com ANG, o político sublinhou que não é uma Comissão Permanente que vai decidir
pela plenária da ANP ou seja um universo de 102 deputados que representa todo o
povo.
Notabanca;
30.10.2017
À atenção da S. Exa. So Ministro, Fernando Vaz,
ResponderEliminarPor favor S. Exa. So Ministro, se leu de facto o Acordo de Conakry; quer dizer, o texto do documento assinado no dia 14 de Outubro de 2016, produzido como ato final da Mesa Redonda realizada em Conakry, entre o dia 11 e esta data, então ir completar esta leitura com as dos textos de dois outros documentos: o Acordo (o Roteiro) de Bissau, assinado em Bissau no dia 10 de Setembro de 2016 e o Comunicado conjunto dos Presidentes Alpha Condé/JOMAV, assinado em seguida em Conakry no dia 07 de Outubro, no final de uma visita a relâmpago do segundo junto do seu Ilustre colega.
E finalmente, completar estas três leituras, com as destes outros dois artigos da autoria do autor deste presente POST, a saber: "Para a criação da transparência, publicar o 'RELATÓRIO DO REDATOR DO PROTOCOLO'" (in: http://www.rispito.com/2016/12/para-criacao-da-transparencia-publicar.html; acessado, 31.10.2017), e; “A inteligência da démarche e dos Acordos de Bissau e de Conakry“ (in: http://www.rispito.com/2017/02/a-inteligencia-da-demarche-e-dos.html; acessado, 31.10.2017).
Depois destas leituras, S. Exa. So Ministro Vaz, com todo o respeito, poderá voltar a dizer algo neste assunto. Isto porque tudo indica que a S. Exa. foi pôr a boca no trombone sem ter nada executado estes exercícios. Entre outros, para quem queira um debate sério neste assunto. Vá aí! Faça isso. Depois poderá voltar a fazer uso do seu trombone nesta matéria. Senão, é melhor não dizer nada.
Obrigado.
Por uma Guiné-Bissau de homem novo (Mulheres e Homens), no sentido de Cabral.
Que reine o bom senso.
Amizade.
A. Keita