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| José Mário Vaz |
De acordo com PR, a nobre
atividade da reconciliação exige dos seus promotores espírito limpo como forma
de contribuir para a superação de “traumas e apaziguamento de tenções e
recalcamentos” que têm vindo a atormentar o percurso histórico dos guineenses.
Falando na cerimônia do lançamento da Rede das
Mulheres Mediadoras, uma iniciativa largamente patrocinada pelo gabinete da ONU
no país, José Mário Vaz explicou que o problema da Guiné-Bissau prende-se
com aquilo que considera de um “sistema instalado” ao longo de muitos anos e
que não tem deixado o país crescer e desenvolver-se, promovendo assim uma
participação desigual de mulheres e homens nas esferas de tomada de decisões.
“As mulheres guineenses desempenharam sempre um papel
importante, a começar na luta pela libertação nacional, que tinha como uma das
suas premissas, a existência de uma sociedade livre equitativa, justa e
solidária. Para que essa nobre missão de mediação tenha sucesso que todos nós
almejamos é indispensável a total independência, isenção e imparcialidade”, sublinhou.
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| Modibo Touré |
Para o Representante do Secretário-Geral das Nações
Unidas na Guiné-Bissau, Modibo Touré, a construção da estabilidade na
Guiné-Bissau emergirá do seu povo e que “sementes como esta iniciativa,
plantadas com vitalidade e vigor, serão um aspecto importante da nova narrativa
para o país”.
Modibo Touré adiantou ainda que esta iniciativa está
em conformidade com os princípios cardinais das Nações Unidas nos processos de
paz inclusivos e sublinha a importância do papel das mulheres na construção da
paz e na transformação pela positiva de conflitos.
A Presidente da Rede das Mulheres Mediadoras, Maria de
Conceição Fernandes Ferreira, explicou que o lançamento da rede escreve-se na
concretização de ações visando à criação de condições que permitam viabilizar o
envolvimento das mulheres guineenses, carregadas de potencialidades, cujo
concurso é imprescindível nos processos de prevenção, gestão e resolução de
conflitos.
De recordar que em 2014, o UNIOGBIS financiou um longo
processo de capacitação das mulheres no território nacional em matéria de
mediação, gestão e resolução de conflitos que culminou com a formação de
formadoras de mais de duzentas pessoas maioritariamente mulheres.
Notabanca; 05.12.2016


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