CIDADÃOS GUINEENSES EM PERIGO DE VIDA NO
GABÃO
Lojas dos cidadãos guineenses vandalizadas no
Gabão e admitem medo de saírem à rua retomar a vida normal.
Uma emigrante guineense a viver em Libreville,
no Gabão, descreveu hoje à Rádio Jovem cenários de medo, pilhagens as lojas e
de terror a que são sujeitos devido a situação de violência Pós-eleitoral que
se verifica naquele país que vai organizar a próxima edição do Campeonato
Africano das Nações (CAN-2017).
“Estamos cheios de medo, ficámos todos
apavorados. Fizemos quatro dias sem sair de casa. Cortaram os serviços de
Internet,” conta Ivanilda Hipólito Anhês.
"Fechámos as portas e ligámos a
televisão para ouvir as notícias, foi horrível, fiquei, ficámos todos cheios de
muito medo”, acrescenta.
Libreville, a capital do Gabão, foi palco de
violentos protestos contra a reeleição do Presidente Ali Bongo, numa votação
renhida que os apoiantes do candidato rival, o antigo Presidente da União
Africana Jean Ping, dizem ter ficado manchada por fraudes.
Desde quarta-feira, dia em que foram
anunciados os resultados que dão aos dois candidatos uma diferença de 5594
votos, o Parlamento do Gabão foi incendiado por opositores de Bongo, a sede de campanha
de Ping foi tomada de assalto pelas forças de segurança gabonesas, vários
apoiantes da oposição foram detidos, houve pilhagens de lojas, episódios de
violência e sete mortos.
O país tem vivido numa grande agitação desde
que Ali Bongo foi proclamado Presidente, para suceder a seu pai, Omar Bongo,
falecido em Junho, ao fim de 41 anos e meio no poder.
Sabe-se que não há nenhum cidadão guineense
entre as vítimas mortais. Estima-se que haja pouco mais de 40 emigrantes
guineenses no Gabão. Dizem que ainda não foram contactados pelas autoridades da
Guiné-Bissau face a onda de violência naquele país.
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