ORGANIZAÇÕES DE SOCIEDADE CIVIL DENUNCIAM TENTATIVA DE FRAUDE ELEITORAL NAS CREs
O Espaço de Concertação
das Organizações da Sociedade Civil e a Frente Popular emitiram esta
segunda-feira, 24 de novembro, um comunicado conjunto denunciando aquilo que
classificam como “gravíssimas manobras” em curso nas Comissões Regionais de
Eleições (CRE), alegando que estas ações visam “distorcer os resultados das
urnas” das eleições realizadas em 23 de novembro.
Segundo as duas plataformas, representantes do candidato Fernando Dias teriam sido expulsos de várias CRE, uma medida que, afirmam, viola a lei eleitoral, que garante o direito de acompanhamento por fiscais de todas as candidaturas.
As organizações afirmam
que, “perante uma derrota inequívoca”, o candidato Umaro Sissoco Embaló teria
desencadeado uma “operação de fraude sem precedentes”, ordenando a retirada dos
fiscais opositores. Embaló ainda não comentou as acusações.
As supostas expulsões
teriam ocorrido sobretudo nas regiões de Oio, Cacheu e Tombali, onde Embaló
teria obtido menor votação, segundo os dados colados nas assembleias de voto.
As organizações questionam porque, alegadamente, tais incidentes não
aconteceram na CRE de Gabú, região onde o candidato afirma ter vantagem.
As entidades afirmam
possuir informações “credíveis” de que forças de segurança armadas teriam sido
enviadas a todas as CRE com ordens de intimidar ou expulsar representantes de
candidatos. Chamam a isso uma “militarização do processo eleitoral” e alertam
para o risco de escalada da tensão.
O comunicado expressa
forte crítica ao silêncio da Comissão Nacional de Eleições (CNE), exigindo que
a instituição garanta imediatamente a presença dos fiscais de todas as
candidaturas durante o apuramento.
As organizações pedem ainda
que as forças de segurança se abstenham de qualquer ação ilegal e fazem um
apelo direto à população.
Notabanca; 24.o11.2025

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