PRISIONEIROS DO CENTRO DE BAFATÁ CONSUMEM MENOS DE MEIO LITRO DE ÁGUA POR DIA
Pelo menos 40 reclusos da prisão de alta segurança de
Bafatá, no leste da Guiné-Bissau, estão a consumir menos de meio litro de água
potável por dia, devido à avaria da motobomba que abastece o centro há várias
semanas.
A denúncia foi confirmada por fontes entre os guardas
prisionais e reforçada por Eusébio Sanca, seminarista maior e conselheiro
espiritual do grupo jovem da Paróquia São Daniel, que esteve no local para
entregar donativos. “É lamentável que uma pessoa tenha de viver com menos de
500 mililitros de água por dia. Apelamos à solidariedade para ultrapassar esta
crise”, afirmou.
A escassez de água não é o único problema enfrentado
pelos detidos. Segundo apurou a Rádio Sol Mansi, os reclusos também lidam com
alimentação de baixa qualidade. “Às vezes, a comida não é bem cozinhada e, por
vezes, comemos apenas arroz”, revelou uma fonte.
Para ajudar a mitigar a situação, a Igreja
Católica local entregou paletes de água potável e produtos de higiene. O chefe
de turno dos guardas principais, Daniel Djata, agradeceu o gesto: “As prisões
são locais de grande vulnerabilidade. Cada oferta é bem-vinda, e os presos
ficam sempre contentes com qualquer apoio que recebem.”
Além da água, a prisão necessita urgentemente de bens
essenciais, como produtos de higiene e alimentos adequados, para garantir
condições mínimas de dignidade aos reclusos.
Notabanca; 07.2025


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