Sociedade Civil alerta para o perigo de “militarização da campanha eleitoral”
O Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil
para a Paz, Democracia e Desenvolvimento(MNSCPDD), Fodé Caramba Sanhá, afirmou
hoje que, até ao momento, não há informações que possam constituir motivo de
preocupação relativamente aos discursos proferidos pelos candidatos nos
comícios eleitorais, mas disse houver “tentativas de militarização da campanha
eleitoral”.
Fodé Caramba Sanhá falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), em jeito de balanço parcial dos primeiros quatro dias de campanha eleitoral para as eleições gerais de 23 de novembro do ano curso.
“A campanha eleitoral é um exercício cívico, e não
militar. Alguns candidatos fazem referência aos militares como forma de
mobilização de votos, o que pode beliscar o espírito democrático e afastar o
eleitorado”, advertiu.
Por isso, exorta aos militares no sentido de se
afastarem da politica, porque o seu papel é de garantir a segurança e não
participar em disputas partidárias.
Fodé Carambá Sanhá disse que os candidatos devem
evitar abordagens baseadas em critérios étnicos, sublinhando que o país não
enfrenta divisões étnicas.
“Ninguém ou nenhum candidato deve identificar-se como
candidato de um grupo étnico específico. Essa é uma abordagem falhada. A sociedade
guineense já compreendeu que o uso da etnia ou da religião para proveito
político é inaceitável”, afirmou.
Relativamente ao conteúdo das propostas, o Presidente
do Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e
Desenvolvimento lamentou que muitos candidatos centram os seus discursos no
passado, sem apresentar projetos concretos para o futuro.
“Limitam-se a fazer uma abordagem histórica. Não estão
a apresentar projetos que permitam ao eleitorado fazer uma escolha informada e,
no futuro, cobrar resultados ao governo”, declarou.
Disse que o Movimento da Sociedade Civil para a Paz,
Democracia Desenvolvimento está a acompanhar de perto as atividades dos
candidatos em todo o território nacional, através das suas estruturas regionais
e organizações parceiras, para garantir um processo eleitoral pacífico e
transparente.
“O nosso objetivo é garantir uma campanha pacífica,
baseada em propostas concretas e no respeito mútuo entre os candidatos”,
concluiu o Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz e o
Desenvolvimento.
A campanha eleitoral cumpre hoje o 5º dos 21 dias dias
de duração, para eleições legislativas e presidenciais de 23 de Novembro,
concorrido por 12 candidatos presidenciais e 13 partidos e uma coligação.
Notabanca; 05.11.2025







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