TRIBUNAL MILITAR COLOCA JÚLIO NHATÉ
EM LIBERDADE APÓS TRÊS ANOS DE DETENÇÃO
O Tribunal
Regional Militar libertou, nesta semana, mais um detido no caso da suposta
tentativa de golpe de Estado de 1º de fevereiro de 2022, cujo processo foi
arquivado pela Promotoria de Justiça Militar.
Trata-se de
Júlio Nhaté, ex-comandante do Regimento de Comandos, detido por suposto
envolvimento no ataque ao Palácio do Governo em fevereiro de 2022, que resultou
na morte de mais de uma dezena de pessoas, entre civis e militares.
Em reação a essa decisão da Justiça Militar, o advogado Marcelino Intupé
afirmou que a libertação está possivelmente ligada ao cumprimento do acórdão do
Tribunal Superior Militar, mas defendeu maior celeridade no andamento de todo o
processo.
"Eu penso que estão a cumprir lentamente a decisão do tribunal superior,
mas, isso não nos interessa, o importante é que sejam libertados todos
eles", defendeu.
Três anos após a detenção de mais de cinco dezenas de pessoas acusadas de
envolvimento no caso de 1º de fevereiro, o Tribunal Regional tem realizado
solturas seletivas, contrariando a decisão dos juízes do Tribunal Superior Militar.
Para o advogado Marcelino Intupé, as leis continuam a ser violadas, assim como
os direitos dos detidos.
"Obviamente, a decisão do tribunal é para cumprir", concluiu.
Já se passaram oito meses desde o anúncio do acórdão do Tribunal Militar
Superior, que ordenou a imediata libertação dos detidos não formalmente
acusados, uma vez que ultrapassaram o período legal de prisão preventiva.
Em fevereiro último, o tribunal proferiu a sentença dos suspeitos julgados,
determinando penas de até 29 anos de prisão para Papis Djemé e Tchami Ialá, que
não foram detidos e foram julgados à revelia.
Notabanca;
11.03.2025







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