PRESIDENTE SUL-COREANO DESTITUÍDO NO PODER APÓS FIM DO MANDATO É LIBERTADO POR ORDEM DE TRIBUNAL
Presidente destituído da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, foi libertado
hoje, depois de um tribunal aceitar um pedido para anular a detenção, informou
a agência de notícias Yonhap.
Yoon apresentou o pedido ao Tribunal Distrital Central de Seul em fevereiro, alegando que a acusação era ilegal. No recurso, a equipa jurídica de Yoon argumentou que os procuradores o acusaram um dia depois de expirar o mandado, ao abrigo do qual estava detido por decretar lei marcial, em dezembro de 2024.
Yoon Suk-yeol, de 64 anos, é acusado de insurreição, um crime punível com
pena de morte ou prisão perpétua e que não está abrangido pela imunidade
presidencial.
Detido a 15 de janeiro, depois de se ter escondido durante semanas na
residência presidencial em Seul, protegido pela guarda do Presidente, Yoon foi
acusado a 26 de janeiro e colocado em prisão preventiva.
O líder conservador mergulhou a Coreia do Sul no caos político a 03 de
dezembro ao declarar lei marcial e ao enviar o exército para o parlamento numa
tentativa de o silenciar.
Foi forçado a recuar seis horas mais tarde, quando os deputados conseguiram
reunir-se de emergência e votar contra o regime especial.
Yoon justificou a ação dizendo que o Parlamento, dominado pela oposição,
estava a bloquear a adoção do orçamento de Estado. Num discurso transmitido
pela televisão, afirmou que pretendia “proteger a Coreia do Sul liberal das
ameaças colocadas pelas forças comunistas norte-coreanas” e “eliminar os
elementos hostis ao Estado”.
Yoon mantém-se oficialmente como Presidente, enquanto aguarda o veredicto
do Tribunal Constitucional.
Se o tribunal
confirmar a destituição, terão de ser convocadas eleições presidenciais
antecipadas no prazo de 60 dias. Caso contrário, Yoon será reintegrado no
cargo, embora continue a ser objeto de acusações penais.
Notabanca; 07.03.2025

Sem comentários:
Enviar um comentário