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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

“PÔ DE TERRA” DISTANCIA-SE DA DISPUTA ELEITORAL, EXIGE NEUTRALIDADE DAS FORÇAS ARMADAS E FAZ CRíTICA

O “Movimento Revolucionário Pô de Terra” (MRPT) anunciou segunda-feira (17) que não apoiará nenhum candidato, partido ou coligação nas eleições em curso, justificando a decisão com o que considera serem “vícios”, manipulações e irregularidades que, segundo o movimento, colocam em causa a legitimidade do processo eleitoral na Guiné-Bissau.

No comunicado divulgado na sua pagina oficial no Facebook, o MRPT afirma manter uma posição “firme, equidistante, inabalável” e declara que não será “cúmplice de qualquer processo nascido em irregularidades”. Ainda assim, apela aos eleitores que pretendem votar para que o façam “com consciência e responsabilidade”.

O movimento emite também um alerta contundente contra o discurso étnico e religioso que, afirma, tem marcado a campanha eleitoral. Classifica este fenómeno como um “veneno” e um sinal evidente da falta de maturidade da classe política, lembrando que o país tem sido historicamente dividido para ser governado.

Outra mensagem é dirigida ao Estado-Maior General das Forças Armadas, a quem o MRPT pede que mantenha neutralidade, profissionalismo e vigilância, evitando que a instituição seja usada para fins políticos. “A Pátria exige honorabilidade e disciplina”, afirma o documento.

Ao povo, o MRPT apela à vigilância para prevenir manipulações, provocações ou tentativas de desviar a vontade popular, reforçando que a liberdade depende da participação ativa e da proteção do destino coletivo.

No final, o movimento reafirma o seu compromisso com a justiça e a resistência, garantindo que continuará a denunciar abusos:

“Enquanto houver injustiça, estaremos de pé. Enquanto houver manipulação, falaremos. Enquanto houver povo, existirá MRPT.”



Notabanca; 17.11.2025 

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