“PÔ DE TERRA” DISTANCIA-SE DA DISPUTA ELEITORAL, EXIGE NEUTRALIDADE DAS FORÇAS ARMADAS E FAZ CRíTICA
O “Movimento
Revolucionário Pô de Terra” (MRPT) anunciou segunda-feira (17) que não apoiará
nenhum candidato, partido ou coligação nas eleições em curso, justificando a
decisão com o que considera serem “vícios”, manipulações e irregularidades que,
segundo o movimento, colocam em causa a legitimidade do processo eleitoral na
Guiné-Bissau.
No comunicado divulgado
na sua pagina oficial no Facebook, o MRPT afirma manter uma posição “firme,
equidistante, inabalável” e declara que não será “cúmplice de qualquer processo
nascido em irregularidades”. Ainda assim, apela aos eleitores que pretendem
votar para que o façam “com consciência e responsabilidade”.
O movimento emite também
um alerta contundente contra o discurso étnico e religioso que, afirma, tem
marcado a campanha eleitoral. Classifica este fenómeno como um “veneno” e um
sinal evidente da falta de maturidade da classe política, lembrando que o país
tem sido historicamente dividido para ser governado.Outra mensagem é dirigida ao Estado-Maior General das Forças Armadas, a quem o MRPT pede que mantenha neutralidade, profissionalismo e vigilância, evitando que a instituição seja usada para fins políticos. “A Pátria exige honorabilidade e disciplina”, afirma o documento.
Ao povo, o MRPT apela à vigilância para prevenir manipulações, provocações ou tentativas de desviar a vontade popular, reforçando que a liberdade depende da participação ativa e da proteção do destino coletivo.
No final, o movimento
reafirma o seu compromisso com a justiça e a resistência, garantindo que
continuará a denunciar abusos:
“Enquanto houver injustiça, estaremos de pé. Enquanto houver manipulação, falaremos. Enquanto houver povo, existirá MRPT.”
Notabanca; 17.11.2025




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