JOANA KOBDE NHANCA PEDE AO RESGATE DA GUINÉ-BISSAU E DENUNCIA CLIMA DE MEDO
A líder do Movimento
Social Democrático (MSD), Joana Cobdé Nhanca, apela à diáspora a fazer parte da
luta pelo resgate do país, deixando as indiferenças de lado.
O apelo da única mulher
líder de um partido que concorre às eleições legislativas foi feito esta
semana, em entrevista à Rádio Sol Mansi, nos últimos dias da campanha
eleitoral. Joana afirmou ainda que o que está em jogo é o interesse de todos os
guineenses.
Kobde Nhanca pediu também mais sinceridade nos processos de investigação sobre as denúncias de tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau, lembrando que existem políticos que outrora estavam de costas voltadas e que agora estão reunidos por interesses pessoais.
Joana declarou que o
“mal menor” neste momento é a candidatura do candidato à Presidência da
República, Fernando Dias da Costa, que é um jovem.
“Pode até haver falhas,
mas ele é muito melhor em relação aos que estão no poder desde a independência
e que até agora continuam a ocupar cargos de liderança no país”.
“Será que na política
da Guiné-Bissau deve existir efetividade? Pelo menos que haja efetividade em
alguma mudança positiva no país. Além disso, querem oprimir o povo para não
expressar o que sente. Quando sentimos algo de mal, devemos manifestar-nos, e
esta é uma manifestação que nos foi negada completamente”, sustentou Joana,
alertando que mesmo expressando-se num local privado, as pessoas são raptadas e
torturadas.
Ela pediu o fim das
torturas contra os filhos da Guiné-Bissau, afirmando que existem dificuldades,
faltam medicamentos nos hospitais e muitos médicos e professores optaram pela
migração.
“O povo guineense deve
fazer uma boa escolha, porque isto não é apenas mudança, é o resgate do país. É
salvar o país e dizer basta à invasão de estrangeiros no nosso território, que
estão a ocupar lugares cimeiros e a adquirir terrenos de forma descontrolada”,
garante.
Foi deixado também um
alerta às Forças Armadas para que sejam mais republicanas, respeitando as leis
da República, e lembrando que há pessoas a sofrer com toda esta situação.
“Nos outros países não
se vê esta dimensão de militares atrás de um político, e isso demonstra que a
população seria obrigada a votar nesta candidatura. Não temos viaturas nem
dinheiro para levar as pessoas à nossa caravana”, afirmou Nhanca, apelando a um
voto cívico e responsável.
Joana concorre no
círculo oito e pretende chegar ao parlamento para impulsionar a mecanização da
agricultura. Ela diz estar com medo devido ao facto de, segundo relata,
existirem fardados encapuzados a escoltar um determinado concorrente.
Notabanca; 17.11.2025

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