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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

JOANA KOBDE NHANCA PEDE AO RESGATE DA GUINÉ-BISSAU E DENUNCIA CLIMA DE MEDO

A líder do Movimento Social Democrático (MSD), Joana Cobdé Nhanca, apela à diáspora a fazer parte da luta pelo resgate do país, deixando as indiferenças de lado.

O apelo da única mulher líder de um partido que concorre às eleições legislativas foi feito esta semana, em entrevista à Rádio Sol Mansi, nos últimos dias da campanha eleitoral. Joana afirmou ainda que o que está em jogo é o interesse de todos os guineenses.

Kobde Nhanca pediu também mais sinceridade nos processos de investigação sobre as denúncias de tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau, lembrando que existem políticos que outrora estavam de costas voltadas e que agora estão reunidos por interesses pessoais.

Joana declarou que o “mal menor” neste momento é a candidatura do candidato à Presidência da República, Fernando Dias da Costa, que é um jovem.

“Pode até haver falhas, mas ele é muito melhor em relação aos que estão no poder desde a independência e que até agora continuam a ocupar cargos de liderança no país”.

“Será que na política da Guiné-Bissau deve existir efetividade? Pelo menos que haja efetividade em alguma mudança positiva no país. Além disso, querem oprimir o povo para não expressar o que sente. Quando sentimos algo de mal, devemos manifestar-nos, e esta é uma manifestação que nos foi negada completamente”, sustentou Joana, alertando que mesmo expressando-se num local privado, as pessoas são raptadas e torturadas.

Ela pediu o fim das torturas contra os filhos da Guiné-Bissau, afirmando que existem dificuldades, faltam medicamentos nos hospitais e muitos médicos e professores optaram pela migração.

“O povo guineense deve fazer uma boa escolha, porque isto não é apenas mudança, é o resgate do país. É salvar o país e dizer basta à invasão de estrangeiros no nosso território, que estão a ocupar lugares cimeiros e a adquirir terrenos de forma descontrolada”, garante.

Foi deixado também um alerta às Forças Armadas para que sejam mais republicanas, respeitando as leis da República, e lembrando que há pessoas a sofrer com toda esta situação.

“Nos outros países não se vê esta dimensão de militares atrás de um político, e isso demonstra que a população seria obrigada a votar nesta candidatura. Não temos viaturas nem dinheiro para levar as pessoas à nossa caravana”, afirmou Nhanca, apelando a um voto cívico e responsável.

Joana concorre no círculo oito e pretende chegar ao parlamento para impulsionar a mecanização da agricultura. Ela diz estar com medo devido ao facto de, segundo relata, existirem fardados encapuzados a escoltar um determinado concorrente.

Notabanca; 17.11.2025 

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