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sexta-feira, 21 de novembro de 2025

BACIRO DJÁ ENCERRA PÉRIPLO PELO SUL E LESTE COM APELO AO VOTO MASSIVO

O candidato presidencial de domingo e líder da Frente Patriótica para a Salvação Nacional (FREPASNA), Baciro Djá, encerrou esta quinta-feira (20), em Bafatá, a sua digressão pelas províncias sul e leste do país, marcada por intensas ações de mobilização política e apelos ao voto no seu projeto.

Durante cinco dias, Djá percorreu aldeias, secções e centros populacionais das regiões de Bolama-Bijagós, Tombali, Quinara, Bafatá e Gabú, realizando comícios, passeatas e encontros comunitários. As suas mensagens centraram-se na promessa de mudança, no desenvolvimento agrícola e na garantia de estabilidade política e governativa.

Em Bafatá, no comício realizado em frente à sede regional do partido, perto do mercado central, Baciro Djá acusou o Presidente Umaro Sissoco Embaló e candidato à reeleição de “colocar em causa”, nos últimos seis anos, os desígnios da luta armada liderada por Amílcar Lopes Cabral.

Segundo o candidato da FREPASNA, a independência e a soberania nacional “estão ameaçadas”, alegando que já não se celebra condignamente a data da independência, que existe desrespeito pelas leis, e que há “falta de liberdade de imprensa, de manifestação e de expressão”. Para Djá, o país viveu “seis anos de tormento” sob a liderança de Embaló.

No mesmo comício, Baciro Djá apresentou várias promessas para o caso de vencer as eleições, entre as quais: influenciar constitucionalmente o Governo para construir a estrada Tantan-Cossé–Cambadju, na fronteira com o Senegal, visando dinamizar a economia regional; criar um polo agrícola e disponibilizar 150 tratores aos agricultores de Bafatá, região considerada estratégica para a produção agrícola; construir uma universidade e um hospital de referência na província.

Já em Gabú, num encontro com eleitores, o candidato sustentou possuir “as condições necessárias” para reorganizar as forças de defesa e segurança, tornando-as verdadeiramente republicanas e politicamente neutras, limitadas às suas missões constitucionais. Defendeu ainda a transformação das Forças Armadas em instituições “produtivas e modernas”, capazes de competir com as da sub-região.

Baciro Djá apelou igualmente aos eleitores para não venderem os seus votos, alertando que entre sábado, dia de reflexão, e domingo, dia de votação, poderão ocorrer tentativas de compra de votos. Considerou tal prática “uma humilhação” e lembrou que “cada voto representa liberdade e independência”, pedindo que cada cidadão vote “com consciência e em quem acredita poder resolver os problemas do país”.

A campanha eleitoral termina esta sexta-feira, com a maioria dos comícios concentrada em Bissau. A partir da meia-noite, entra em vigor o período de reflexão, durante o qual qualquer ato de campanha é proibido por lei.

No domingo, 23 de novembro, mais de 966 mil eleitores estarão aptos a votar para escolher o novo Presidente da República e os membros do futuro parlamento.

Notabanca; 21.11.2025 

 

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