BACIRO DJÁ ENCERRA PÉRIPLO PELO SUL E LESTE COM APELO AO VOTO MASSIVO
O candidato presidencial de domingo e líder da Frente
Patriótica para a Salvação Nacional (FREPASNA), Baciro Djá, encerrou esta
quinta-feira (20), em Bafatá, a sua digressão pelas províncias sul e leste do
país, marcada por intensas ações de mobilização política e apelos ao voto no
seu projeto.
Durante cinco dias, Djá percorreu aldeias, secções e centros populacionais das regiões de Bolama-Bijagós, Tombali, Quinara, Bafatá e Gabú, realizando comícios, passeatas e encontros comunitários. As suas mensagens centraram-se na promessa de mudança, no desenvolvimento agrícola e na garantia de estabilidade política e governativa.
Em Bafatá, no comício realizado em frente à sede regional
do partido, perto do mercado central, Baciro Djá acusou o Presidente Umaro
Sissoco Embaló e candidato à reeleição de “colocar em causa”, nos últimos seis
anos, os desígnios da luta armada liderada por Amílcar Lopes Cabral.
Segundo o candidato da FREPASNA, a independência e a
soberania nacional “estão ameaçadas”, alegando que já não se celebra
condignamente a data da independência, que existe desrespeito pelas leis, e que
há “falta de liberdade de imprensa, de manifestação e de expressão”. Para Djá,
o país viveu “seis anos de tormento” sob a liderança de Embaló.
No mesmo comício, Baciro Djá apresentou várias promessas
para o caso de vencer as eleições, entre as quais: influenciar
constitucionalmente o Governo para construir a estrada Tantan-Cossé–Cambadju,
na fronteira com o Senegal, visando dinamizar a economia regional; criar um
polo agrícola e disponibilizar 150 tratores aos agricultores de Bafatá, região
considerada estratégica para a produção agrícola; construir uma universidade e
um hospital de referência na província.
Já em Gabú, num encontro com eleitores, o candidato
sustentou possuir “as condições necessárias” para reorganizar as forças de
defesa e segurança, tornando-as verdadeiramente republicanas e politicamente
neutras, limitadas às suas missões constitucionais. Defendeu ainda a
transformação das Forças Armadas em instituições “produtivas e modernas”,
capazes de competir com as da sub-região.
Baciro Djá apelou igualmente aos eleitores para não
venderem os seus votos, alertando que entre sábado, dia de reflexão, e domingo,
dia de votação, poderão ocorrer tentativas de compra de votos. Considerou tal
prática “uma humilhação” e lembrou que “cada voto representa liberdade e
independência”, pedindo que cada cidadão vote “com consciência e em quem
acredita poder resolver os problemas do país”.
A campanha eleitoral termina esta sexta-feira, com a
maioria dos comícios concentrada em Bissau. A partir da meia-noite, entra em
vigor o período de reflexão, durante o qual qualquer ato de campanha é proibido
por lei.
No domingo, 23 de novembro, mais de 966 mil eleitores
estarão aptos a votar para escolher o novo Presidente da República e os membros
do futuro parlamento.
Notabanca; 21.11.2025

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