API CABAS GARANDI E PAI - TERRA RANKA CONDENAM "ATITUDE IRRESPONSÁVEL" DE SISSOCO EMBALÓ
As coligações eleitorais Aliança Patriótica Inclusiva (API- Cabas Garandi) e Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI -Terra Ranka) condenam, em comunicado, a "atitude irresponsável" e "vergonhosa" de Umaro Sissoco Embaló, a quem chamam de "Ex-Presidente", de expulsar do país a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Em comunicado conjunto enviado à CFM, as
duas forças políticas acusam Sissoco Embaló de, com a atitude de expulsar os enviados
a CEDEAO de Bissau, "sabotar" os esforços de um diálogo inclusivo,
com vista à realização de eleições na Guiné-Bissau.
No documento, as coligações afirmam que Umaro Sissoco Embaló está a conduzir, "perigosamente", o país para o caos, ao recusar marcar a data das eleições, "violando todos os prazos legais" para o efeito.
Eis o comunicado na íntegra.
As Coligações Aliança Patriótica
Inclusiva—Cabaz Garandi (API-CG) e Plataforma da Aliança Inclusiva—Terra Ranka
(PAI-TR) tomaram conhecimento das graves e absurdas ameaças proferidas pelo
Ex-Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, à Missão da CEDEAO/ONUWAS que
se encontrava em Bissau para facilitar o diálogo entre os atores políticos e
sociais com vista à resolução da profunda crise política em que o país está
mergulhado.
Numa das mensagens enviadas à Missão, o
Ex-Presidente da República escreveu: "Devo chegar a Bissau amanhã, se
ainda encontrar aí a dita missão, amanhã mesmo vão abandonar Bissau, mesmo que
seja por via terrestre".
Por causa dessa ameaça de expulsão, a
Missão acabou por deixar o país precipitadamente, sem ter concluído a partilha
com as partes das suas principais conclusões e propostas para a saída da crise
política.
Este comportamento autoritário,
arrogante e desrespeitoso em relação a uma Missão de Alto Nível da
CEDEAO/UNOWAS só vem confirmar o desespero do Ex-Presidente da República
perante o fim do seu mandato, a 27 de Fevereiro de 2025, e a sua obsessão
doentia em sequestrar o poder pela via antidemocrática.
Ao recusar-se a marcar as eleições
presidenciais e legislativas, transcorridos todos os prazos legais para o
efeito, e ao rejeitar um diálogo inclusivo que possa conduzir ao retomo da
normalidade constitucional na Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo está
perigosamente a conduzir o país para o caos político e social, com
consequências imprevisíveis para a paz e a estabilidade.
Perante estes factos, as Coligações
API—CG e PAI—TR DECIDEM:
1. Congratular-se com a realização da
Missão da CEDEAO/UNOWAS e pelos esforços consentidos para encontrar as partes
interessadas, nomeadamente a Comissão Permanente da ANP, os Partidos e as
Coligações e as Organizações da Sociedade Civil;
2. Condenar veementemente a atitude
irresponsável e vergonhosa do Ex-Presidente da República para com a Missão,
visando sabotar os esforços para um diálogo inclusivo com vista à realização, o
mais depressa possível, de eleições livres, justas e transparentes;
3. Solidarizar-se com os membros da
Missão, incluindo a Representante da CEDEAO na Guiné-Bissau, vítimas da fúria
de um Ex-Presidente da República frustrado e sem qualquer legitimidade
democrática;
4. Reafirmar, mais uma vez, que o
mandato de Umaro Sissoco Embalo chegou ao fim no passado dia 27 de Fevereiro de
2025, às 14h50m; e que, doravante, o único órgão de soberania legítimo é a
Assembleia Nacional Popular, através da sua Comissão Permanente;
5. Reiterar a firme determinação das
duas Coligações em prosseguir o diálogo político com todas as forças vivas na
Nação na procura de soluções consensuais para a presente crise política;
6. Reiterar o nosso compromisso em não
nos engajarmos em qualquer processo de diálogo promovido pelo Ex-Presidente da
República que não seja no quadro da mediação da CEDEAO/ UNOWAS;
7. Apelar ao povo Guineense para manter
a calma, prosseguindo de forma responsável a luta pela reposição do Estado de
Direito Democrático no nosso país.
Bissau, 3 de Março de 2025
API - CG PAI – TR
Notabanca, 03.02.2025


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