quinta-feira, 29 de agosto de 2019

GOVERNO E SINDICATOS ASSINAM MEMORANDO DE ENTENDIMENTO
O governo através do Ministério da Administração Publica e Modernização do Estado assinou hoje um acordo que vai permitir a paz social com as duas maiores centrais sindicais do país, nomeadamente, a União Nacional dos Trabalhadores da Guine (UNTG) e a Confederação – Geral dos Sindicatos Independentes (CGSI-GB).
A Ministra da Administração Pública e Modernização do Estado, Fatumata Djau Baldé disse que o governo vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para cumprir os pontos assumidos, adiantando que entre os compromissos assumidos, o executivo inicia em setembro o pagamento das dívidas não só no sector da educação, mas também no de saúde e outros.
Falando do salário mínimo de 100 mil francos cfa que os sindicatos estão a exigir, a governante disse que para satisfazer essa exigência, um trabalho de base entre o governo e os sindicatos vai ser feito, para em conjunto se definir novo salário mínimo nacional.



“Porque no país temos algumas instituições que geram rendimentos financeiros consideráveis, mas que estão a aplicar um salário muito baixo aos seus funcionários, o que é muito mau. O Estado não pode permitir isso: Caso de hotéis, restaurantes e outros que estão a pagar conforme querem. Será necessário ordenar o pagamento devido dos salários nesses sectores ”, disse.

Djau Baldé frisou que a sua instituição já acabou com entrada “à pára-quedas” na Função Pública, que nos últimos anos recebe vários funcionários denominados estagiários sem que ninguém saiba  as condições dos seus ingressos  na Função Pública.

A ministra disse que doravante para se ocupar  cargos de directores de serviços, os candidatos vão se submeter a  um concurso público.

 As carreiras devem começar a funcionar na Função Publica e para isso não significa que tenho 20 ou 30 anos de serviço. Deve-se saber o tempo que lá passei, e o que eu fazia em termos de trabalho. São esses, entre outros, os diplomas a serem exigidos para permitir avaliar o desempenho da pessoa que trabalha para o Estado”, afirmou.

Fatumata Djau Balde disse que o acordo hora alcançado entre as partes vai trazer a paz elaborar e  contribuir para redobrar o empenho.

Por seu turno, o Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guine (UNTG),disse estar satisfeito com o acordo alcançado, salientando que desde o início foi o motivo da luta das centrais sindicais, mas que não foram entendidos por muitos.

Júlio Mendonça disse que estão cientes que nenhum país possa desenvolver sem pressão social ou seja nenhum Governo levanta por  livre vontade para corrigir os seus erros sem ser pressionado.

Disse que estão convicto e esperançado nessa luta e que  esperar que tudo o que foi acordado, com esforço e determinação do governo possa ser cumprido.

“Digo isso porque a força de vontade supera todos os obstáculos e se essa vontade for demostrado só nos resta cumprir  e dar o apoio necessário. Por isso, digo aos trabalhadores que a luta é de todos nós e quando melhor desempenharem as suas funções o executivo vai estar nas melhores condições de os atender “.

O sindicalista frisou que era isso que estavam a exigir ou seja as pessoas achavam que os 48 pontos eram muito, mas são problemas que foram recenseados, e que visto bem este acordo está resumido nos 48 pontos.

Salientou  que não estão só a exigir que o Governo cumpra o seu dever, mas também a exigir o cumprimento que os trabalhadores cumpram os seus deveres.

Do encontro saiu ainda o compromisso de o governo criar uma Comissão Técnica constituída por representantes do executivo, da UNTG, CGSI, da Primatura, através de um despacho conjunto a ser produzido pela ministra da Função Pública  e o ministro da Economia e Finanças.

O Conselho de Concertação Social foi incumbido de elaboração de projectos legislativos da constituição da pessoa colectiva responsável pela gestão de fundo de pensões, bem como da proposta para harmonização da actual tabela salarial e realização de uma Conferencia Nacional sobre Sistema Nacional de Pensões.

Decidiu-se ainda que o novo salário mínimo nacional será definido no âmbito do Conselho Permanente de Concertação Social.
Notabanca, 29.08.2019

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