domingo, 14 de julho de 2019

RESTAM 250 MIL CHIMPANZÉS NO CONTINENTE AFRICANO 
Apenas 250.000 chimpanzés vivem atualmente no continente africano, repartidos por 21 Estados, quando há 10 anos eram cerca de dois milhões, em 25 países, assegurou à agência Efe a diretora adjunta do Instituto Jane Goodall, Laia Dotras.
Este “muito drástico” declive populacional é provocado “sobretudo pela perda do habitat”, devido à exploração de madeira e recursos minerais”, com destino a países ocidentais, segundo Dotras.

Entre esses recursos figura um mineral usado na microeletrónica, telecomunicações e indústria aeroespacial, que nos últimos anos se converteu num material estratégico pela aplicação nestes fins.
A estes riscos há que somar a caça furtiva, uma atividade que, de acordo com a especialista, pode considerar-se “uma das maiores crises de biodiversidade” da era atual.

A situação, na sua opinião, é “crítica” e, se não forem tomadas medidas urgentes, estes animais “não tardarão a desaparecer”.

Para evitar a extinção definitiva destes primatas em perigo é “essencial educar e fazer entender os problemas socioambientais locais” e poder, assim, trabalhar eficazmente na proteção do ambiente para “assegurar a sustentabilidade a longo prazo”, defendeu.

O trabalho passa por incentivar o desenvolvimento sustentável em diferentes regiões africanas, por forma a garantir o bem-estar da população local, gerindo ao mesmo tempo de forma correta os recursos naturais para melhorar o estado de conservação, tanto dos chimpanzés como do seu habitat.

“A pobreza e o desconhecimento induzem muitos africanos a usar os recursos do seu meio ambiente de forma insustentável”, asseverou Dotras.

Assim acontece com o corte e queima de bosques, pelo que “muitas zonas ficam quase desertas e a terra já não se pode aproveitar para cultivar”.

Daí a importância da formação e educação ambiental das populações africanas para a conservação do ambiente e, portanto, dos chimpanzés, sustentou.
Notabanca; 14.07.2019

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