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Ministério Público guineense está à procura do cidadão alemão, Olaf Baungarten,
líder de uma fundação que ficou com 100 mil euros destinados à construção de um
centro de hemodiálise em Bissau, que fugiu do país.
Fontes judiciais indicaram hoje à Lusa que Baungarten(na foto) fugiu de Bissau
na passada quarta-feira depois de ter estado 41 dias detido nas celas da
Polícia Judiciária, em cumprimento de medidas de coação aplicadas por um
magistrado.Ao ser apresentado ao juiz de Instrução Criminal, o alemão ficou com Termo de Identidade e Residência (TIR), sem passaporte e obrigado a apresentar-se todas as semanas na vara crime do Ministério Público.
As mesmas fontes explicaram à Lusa que Olaf Baungarten apresentou-se durante duas vezes, para de seguida fugir da Guiné-Bissau, sem levar o passaporte, que continua na posse do magistrado do Ministério Público titular do seu processo.
Uma fonte dos serviços de fronteiras guineenses disse à Lusa ter indicações de que o fugitivo se encontra no Senegal. A fonte admitiu que o alemão possa ter viajado pela via terrestre.
Momentos antes de ser detido pela PJ guineense, a 14 de março passado, em conferência de imprensa, Olaf Baungarten confirmou ter ficado com 90 dos 100 mil euros que uma organização tinha oferecido à Guiné-Bissau para construção de um centro de hemodiálise.
"Tinha problemas financeiros, utilizei esse dinheiro em proveito pessoal", afirmou Baungarten, prometendo restituir a soma no prazo de 90 dias e ainda fazer com que o centro de hemodiálise se torne uma realidade na Guiné-Bissau.
Disse ter adiantado 10 mil euros à empresa que iria montar os equipamentos em Bissau.
Olaf Baungarten é fundador e presidente da WestAfrica, a fundação que entretanto fechou por falência.
Naquela conferência de imprensa, Baungarten pediu desculpas ao povo e às autoridades da Guiné-Bissau e salientou que já pagou pelos seus atos na Alemanha, onde, disse, foi levado à justiça.
Notabanca;
16.05.2018
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