“Não se pode pensar em democracia sem liberdade de imprensa”, diz Secretário-geral do Ministério da comunicação social.
O Secretário-geral do Ministério da Comunicação Social, Rui Nfaque afirmou que não se pode pensar em democracia se os cidadãos não têm direito nem a liberdade de expressar as suas opiniões.
Rui Nfaque falava quinta-feira na conferência
organizada pelo Sindicato Nacional de Jornalistas e Técnicos de Comunicação
Social(SINJOTECS) alusiva ao Dia Mundial da liberdade de imprensa, que decorreu
sob o lema: “Manter a Vigilância sobre o poder: Media, Justiça e Estado de
Direito”.
Prometeu apoio aos jornalistas na investigação
e divulgação das informações, apela aos eventuais lesados por crime de imprensa
a recorrerem à instâncias judiciais sem violência, visto que, segundo a lei,
todos têm direito à resposta.
Disse
acreditar no uso de uma linguagem de reconciliação nacional, de unidade e da
aproximação das sensibilidades por parte
da imprensa, nas próximas eleições.
A
vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social
da Guiné-Bissau (SINJOTECS) ; Fátima Tchuma Camará afirmou que a liberdade de
imprensa na Guiné-Bissau está aquém das expectativas e que é impossível pensar
nela enquanto os seus profissionais não possuem condições dignas para o
exercício da profissão de qualidade reclamado por toda a classe social.
Fátima
Tchuma Camará disse ainda que a liberdade de imprensa está ameaçada devido a interferência estatal nas
actividades dos jornalistas, sobretudo nos órgãos públicos, acrescentando que
quando é assim não se pode contar com uma democracia sólida e o Estado do
Direito.
“Almejamos
uma imprensa livre da interferência estatal e de outras fontes do poder, porque
queremos prestar um serviço público inclusivo e qualitativo”, afirmou Fatima
Tchuma Camará, sustentando que a liberdade, justiça e democracia podem ser
alcançados com uma imprensa livre, capaz de informar com rigor, imparcialidade
e objetividade.
Por isso,
prometeu não poupar esforços na luta pela liberdade de imprensa e por um
salário justo e um jornalismo responsável, bem como a utilização de todos os
canais legais para que os jornalistas aufiram de um ordenado equivalente ao seu
trabalho.
A mesma
opinião foi partilhada pelo vice-presidente do Sinjotecs para o Sector Privado,
Sabino Santos, tendo avisado que, se a situação de precariedade prevalecer nos
órgãos da comunicação social e na vida quase indigna dos seus profissionais,
continuará a ser utópico falar da resistência às tentativas do poder político e
económico.
“A
informação é um direito e todos reclamam por jornalismo sério e independente
mas são poucos os que pensam em que circunstancias e condições o jornalismo é
exercido”, lamentou Santos ao discursar na cerimónia de encerramento da
conferência.
Por isso,
disse ser da responsabilidade do Sindicato de jornalistas levar esta
preocupação a agenda dos que decidem e
de aqueles que podem ajudar para ultrapassar essa situação.
Sabino
Santos reiterou o empenho da organização da classe na luta por um salário justo
e um jornalismo responsável.
Notabanca; 05.05.2018
Sem comentários:
Enviar um comentário